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Procurador afirma

Depoimento de doleiro não teve informações importantes

Redação - Bonde
13 nov 2003 às 15:59

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O doleiro Alberto Youssef depôs à 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba na manhã desta quinta-feira. Para o procurador da República João Vicente Beraldo Romão, que acompanhou o interrogatório - feito a portas fechadas -, o depoimento não trouxe informações importantes para as investigações.

Youssef está preso há pouco mais de dez dias na superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Ele foi preso em um cemitério de Londrina no dia 2, quando visitava o túmulo da mãe.

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O doleiro deveria ter prestado depoimento na quarta-feira passada, mas manteve-se calado e o depoimento foi reagendado. Seus advogados pediram mais tempo para fazer a análise dos 30 volumes do processo contra ele.

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Além de questionar a competência da 2ª Vara em atuar como órgão especializado em crimes contra o sistema financeiro, a defesa quer levar o caso para julgamento em Foz do Iguaçu, onde tramitaram diversos inquéritos desencadeados pela PF na região da fronteira, na investigação que ficou conhecida como Operação Macuco.

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Outro lugar possível seria Londrina, onde as investigações de sonegação foram iniciadas através da Receita Federal. Figueiredo Bastos, um dos advogados de Youssef, afirmou que seu cliente só irá responder à Justiça, e que ele não irá depor na CPI do Banestado.


Um dos advogados do doleiro, Antonio Augusto Figueiredo Basto, disse à rádio CBN que, a partir de agora, a defesa vai se concentrar no pedido de revogação da prisão de Youssef.

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Youssef é acusado de sonegar R$ 118 milhões em impostos, que deveriam ter sido pagos pela Youssef Câmbio e Turismo, uma agência de câmbio de sua propriedade entre 1996 e 1999; de envio de mais de R$ 30 milhões ilegalmente ao exterior através de contas CC-5 (para não-residentes no País); e de movimentar pelo menos US$ 3 milhões em uma conta de sua cunhada, Cristina Fernandes da Silva, na agência do Banestado em Nova York.


O doleiro também é acusado em outros processos de crimes de lavagem de dinheiro em andamento, entre eles desvio dos cofres públicos dos municípios de Maringá e Londrina e da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

Youssef foi filmado pelo circuito interno de uma agência bancária em Curitiba participando de uma transação referente à compra de créditos indevidos da Olvepar pela Copel.


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