Os deputados federais Padre Roque Zimmermann (PT-PR) e Flávio Arns (PSDB-PR), integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deverão retornar para Curitiba na próxima segunda-feira para dar continuidade a série de investigações sobre a situação penitenciária do Paraná e as denúncias de que um grupo de detentos estaria cobrando uma espécie de pedágio para garantir a vida de outros presos.
As investigações começaram há um mês, quando os parlamentares foram alertados para o risco de uma rebelião. "As notícias sobre a rebelião eram intensas, mas eu não achei que isto iria ocorrer. Eu me surpreendi com a gravidade do setor penitenciário do Estado", afirmou Arns.
A comissão retornaria hoje para Curitiba para ouvir familiares de presos mortos na Penitenciária Central do Estado (PCE) e agentes penitenciários. Mas a rebelião acabou adiando o plano dos deputados. "Nossas investigações foram apenas adiadas. A visita que faríamos a PCE foi prejudicada. No entanto, uma série de novas dúvidas foram levantadas com essa rebelião. Ficou mais claro da facilidade de entrada de armas e da movimentação de grupos organizados dentro do presídio", informou ele.
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Na semana que vem, o diretor do presídio será chamado para uma nova conversa com os parlamentares. "Existem vários problemas dentro da PCE e dos demais presídios do Paraná. Entre eles: a superlotação, o problema com a falta de condições de ressocialização, demora no julgamento de processos e revisão de penas", elencou.