O desempregado Pedro Graciano da Silva, de 38 anos, que atirou sexta-feira passada em quatro pessoas (na ex-mulher Letícia Cristina Cunha, nos ex-sogros Creuza e Benedito de Souza Cunha, e no sargento Antônio José de Oliveira Coelho) divide, desde ontem, uma cela no Complexo Médico Penal (manicômio Judiciário), em Piraquara, com um outro preso. Segundo o chefe da segurança do complexo Acir Domingues, o atirador não pode ficar isolado, porque corre risco de cometer suicídio.
O diagnóstico de psicopata, epilético sem crises convulsivas ou agressor imprevisível deve confirmar-se na segunda-feira, depois de o diretor clínico Fernando Peres avaliar o estado de saúde mental do atirador. Além do diagnóstico clínico, o paciente passará por uma consulta com um psiquiatra.
Segundo o segurança, Pedro Graciano da Silva estava, ontem, aparentemente tranquilo, sob forte medicação, mas alimentando-se normalmente. A transferência dele para o manicônio judiciário foi por solicitação do próprio paciente, que já havia sido condenado por tentativa de homicídio e estava em liberdade condicional. Ele também tentou matar a ex-mulher Edna Ribeiro, em 1997.
Leia mais:
Ibiporã continua à espera de ambulatório veterinário
Homem é preso com peixes e patas de capivara em Operação Piracema em Jaboti
Veículo de Londrina se envolve em colisão com morte em Ibaiti
Apucarana promove formatura de curso de formação em Libras
Pedro Graciano da Silva vai responder por cárcere privado, tentativa de homicídio e lesões corporais. Das quatro pessoas feridas por ele, três já estão em casa e passam bem. Apenas Benedito continua em observação.
Pedro estava desempregado e além de ferir as quatro pessoas, manteve outras três como reféns no prédio dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. O pânico promovido por Silva começou às 13h10 de quinta-feira e durou cerca de 12 horas. Depois de cansativas e tensas negociações, ele entregou-se à polícia alegando que havia feito tudo "por amor". De acordo com a irmã dele Leila, o segurança desempregado submeteu-se a tratamento psicológico em Maringá e continuava o tratamento em Curitiba. No manicômio judicial de Piraquarara há 360 presos cumprindo pena e sob tratamento psiquiátrico.