De acordo com um texto publicado na terça-feira na agência de notícias do governo estadual, o chefe da Divisão de Gestão de Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rubens Mario Wachholz, desmentiu a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Em anúncio publicado nos jornais do Paraná, no último dia 25, a ABCR atribui à FGV a avaliação de que o Governo do Paraná teria que pagar uma indenização superior a R$ 4 bilhões no caso de uma encampação das praças de pedágio do Estado.
Wachholz disse que a Fundação não realizou nenhum estudo para a ABCR. Ele acusa a ABCR de usar indevidamente o nome da FGV.
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Segundo a nota da agência do governo, o coordenador de Comunicação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EASP), Rodolfo Brizoti, também negou que o suposto laudo tenha sido feito pela unidade da FGV de São Paulo.
Outra unidade da FGV, o Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), em Curitiba, também não teria realizado nenhum estudo para a ABCR.
O procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, disse que estuda a adoção de medidas judiciais contra a associação das concessionárias.
No dia 26 de setembro, a Folha de Londrina entrou em contato com a FGV, para tentar obter detalhes do suposto laudo e da metodologia empregada, mas foi informada que existe no contrato uma cláusula de confidencialidade (leia a matéria).
Procurados pela reportagem da rádio CBN, diretores da Fundação disseram que não estão autorizados a falr sobre o assunto.
A ABCR reafirmou que o estudo foi solicitado à FGV. O diretor da Associação, JOão Chiminazzo Neto, disse que vai falar à imprensa em uma entrevista coletiva ainda na tarde desta quarta-feira.