Dom Geraldo Majela Agnello, arcebispo primaz do Brasil que celebrou a missa de corpo presente de Zilda Arns, nesta sexta-feira (15) no Palácio das Araucárias, em Curitiba, disse em seu sermão que, em 1983, quando começou a delinear o projeto para a implantação da Pastoral da Criança, percebeu o entusiasmo que tomou conta de Zilda. "Aquele entusiasmo e aquela tenacidade estiveram com ela até o fim. Como disse durante a missa, nem mesmo a morte de sua filha diminuiu o seu entusiasmo. Até a hora de sua morte, este ardor se fez sentir. Ela deu a vida por esta causa, por seu amor ao seu semelhante, especialmente dos mais necessitados e os mais sofridos", afirmou.
Dom Geraldo afirmou que o trabalho que começou tão singelamente em Florestópolis, no interior do Paraná, logo foi lançado em São Paulo, com a criação de vários núcleos naquela capital. "Depois foi implantado em Curitiba e nas outras dioceses do Paraná. E assim foi se espalhando a força da Pastoral, que hoje está na maioria das cidades brasileiras. Está na América Latina, que tantas vezes foi visitada pela doutora Zilda Arns. Está na África, nos países de Língua Portuguesa que ela visitou e também no Timor Leste , na Ásia".
O cardeal garantiu que, apesar da perda irreparável, as Pastorais da Criança e do Idoso terão prosseguimento, porque "a Pastoral não foi feita tendo em vista uma única pessoa, mas tendo em vista um trabalho em que todos da comunidade cristã participem".
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Zilda Arns Neumann, médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, morreu as 75 anos vítima do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira (12). Ela estava na capital, Porto Príncipe, onde fazia palestra sobre o trabalho da Pastoral da Criança.
No sábado (16), Dom Geraldo Majela Agnello, irá celebrar uma missa de corpo presente, com participação restrita a familiares. A cerimônia começa às 14h será transmitida ao vivo pela TV Paraná Educativa. O corpo de Zilda Arns será enterrado no Cemitério Municipal da Água Verde – a cerimônia também será restrita aos familiares.