Três proprietários se recusam a sair das terras desapropriadas pela Petrobras em São Mateus do Sul, mesmo sendo multados em R$ 500,00 por dia desde agosto, por decisão judicial. O entrave deverá atrasar as novas instalações da Usina de Xisto da Petrobras e comprometer a exploração do minério nos próximos meses.
De acordo com a advogada contratada pela empresa, Eliane Fernanda Pinto de Oliveira, a área que está sendo explorada atualmente tem minério para apenas cinco meses de trabalho e as novas instalações vão demorar pelo menos seis meses para ficar prontas.
As 72 propriedades desapropriadas equivalem a 567 hectares e têm minério suficiente para os próximos quatro anos de trabalho da Usina de São Mateus do Sul. Deste total, 50 proprietários fizeram acordos amigáveis depois de dois anos de negociações e outros 22 processos foram para a desapropriação judicial em dezembro do ano passado.
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A Petrobras não informa o nome dos proprietários. A Folha tentou contato com eles, através do Sindicato dos Produtores Rurais de São Mateus do Sul, mas não conseguiu localizá-los. A advogada Eliane Fernanda Pinto de Oliveira disse que a Petrobras ainda não desistiu de fazer um acordo com os proprietários e descarta o uso da força para a retirada das famílias. Mas, segundo ela, o fato da Petrobras ser uma empresa de economia mista impede que possa elevar o preço oferecido pelas desapropriações.
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