Vinte e oito trabalhadores foram encontrados pela fiscalização móvel rural da Delegacia Regional do Trabalho do Paraná (DRT/PR) em situação análoga à escrava em uma fazenda em Campina Grande do Sul (Região Metropolitana de Curitiba). A ação fiscal iniciou no dia 04 e terminou nesta terça-feira (10). Os trabalhadores, que estavam fazendo a poda e a limpeza do pinus, foram encontrados em alojamentos que estavam em péssimas condições de higiene e conservação.
Segundo o coordenador nacional de um dos Grupos Móvel de Fiscalização do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e auditor fiscal do Trabalho (AFT), Benedito Lima, eles eram contratados por dois empreiteiros, sendo que um deles mantinha os trabalhadores em situação de servidão por dívida e o outro por retenção dolosa de documentos. "Encontramos um caderninho com anotações de despesas de alimentos, instrumentos de trabalho e promissórias assinadas em branco pelos trabalhadores, além das carteiras de trabalho apreendidas", disse
A ação fiscal foi acompanhada por mais cinco AFTs, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Militar.
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A situação dos trabalhadores foi regularizada hoje, na DRT/PR. A empresa pagou R$ 111.326,99 em multas rescisórias. O valor mais alto pago foi de R$ 22.883,33 a um dos trabalhadores que atuou por 20 anos sem contrato formal com o empreiteiro. Treze autos de infração deverão ser lavrados e as multas estão sendo calculadas.
No mês passado, a fiscalização móvel localizou 84 trabalhadores em condições degradantes em duas propriedades situadas na região de Guarapuava. Do total, 60 eram contratados por pequenos empreiteiros e o restante estava sem registro em carteira de trabalho, sendo dois menores de idade. Os trabalhadores estavam atuando no corte de pinus.