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E-commerce amadurece e público compra mais

(Webinsider)
23 out 2001 às 18:06

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É Natal outra vez e projeções apontam para o crescimento no volume de comércio eletrônico em todo o mundo. É interessante notar o que diz o GartnerG2, unidade de pesquisas do Gartner Group, que divulgou press release (em inglês) contendo projeções para o total de vendas online no mundo neste último trimestre de 2001: US$ 25,3 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado houve um aumento de 39%.
Na opinião do Gartner, o crescimento das vendas reflete o aumento do número de usuários, mas é fruto principalmente da experiência do consumidor antigo e também do amadurecimento dos sites de comércio.
Parece que os sites ficaram mais fáceis de usar e o próprio público mais acostumado a navegar, avalia o Gartner. O amadurecimento das partes é o fator mais importante neste quadro, segundo Mike Cruz, analista senior do GartnerG2.
A cada ano o nível de satisfação do usuário pesquisado aumenta. Em 2000, 75% dos consumidores mostraram-se satisfeitos com suas experiências de compra pela internet - resultado bem melhor do que em 1999.
Segundo pesquisas, este ano mais de 71 milhões de americanos adultos fizeram uma compra pelo menos em três meses, o que representa aumento de 23% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, os sites ganharam maior funcionalidade, o que faz os clientes voltarem.
"Em 1999, muitos consumidores ficaram decepcionados com o atendimento e todo o operacional dos sites de comércio. Em conseqüência, mais da metade dos que compraram pela internet no final de 99 evitaram comprar em 2000", avalia David Schehr, diretor de pesquisa do GartnerG2.
"A satisfação aumentou muito em 2000, com três em cada quatro compradores se dizendo muito satisfeitos com a experiência. Isto significa que haverá menor atrito com aqueles que compraram online no ano passado, de modo que retornarão este ano e poderão gastar mais ainda", completou.
Se há mais compradores, há também mais varejistas online. Na Europa houve um rápido aumento no número de empresas tipo brick and clicks – comércios que aumentaram sua presença na internet e vêm avançando desde então.
A pesquisa não menciona o Brasil, mas aponta melhorias em geral. Na região que os americanos chamam de Ásia/Pacífico, que compreende Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong, Singapura, Coréia do Sul e Taiwan, os varejistas começaram a desenvolver novos canais de venda e diferentes modelos de marketing, com venda direta de produtos e serviços.
Ao mesmo tempo, os portais, bancos e cartões de crédito têm feito promoções como programas de fidelidade e procuram garantir segurança ao comprador. Procura-se também oferecer pela internet produtos que são mais difíceis de serem encontrados nos comércios locais.
Na Europa, os sites passaram a oferecer serviços que revelam a disponibilidade em estoque dos produtos, o andamento dos pedidos e ainda usam o e-mail para manter o cliente informado. Os compradores também são estimulados por melhores prazos e alternativas de entrega.
Números. A América do Norte continua sendo a região de maior volume de vendas, porém outros mercados apresentam taxas de crescimento elevadas. O GartnerG2 prevê que US$ 13,4 bilhões (53%) das vendas de fim de ano serão feitas fora da América do Norte (contra 50% em 2000).
Ainda segundo o GartnerG2, os gastos online nos Estados Unidos alcançarão US$ 11,86 bilhões no último trimestre do ano. Na Europa serão US$ 8,58 bilhões, enquanto na região da Ásia/Pacífico esse montante será de US$ 2,46 bilhões. O restante dos gastos será realizado pelo Japão (US$ 1,4 bilhão) e os demais mercados mundiais (US$ 990 milhões).
Estamos nós nesta categoria Outros, ou Resto do Mundo, com market share previsto para 3,9%. Em 2000 o Resto do Mundo teve 2,9% de market share.
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