Um grupo de aproximadamente 200 funcionários da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realizou na manhã desta terça-feira (14) uma manifestação em frente à sede da empresa, em Curitiba. Segundo o sindicato que representa a categoria nas regiões oeste e sudoeste do Estado (Saemac), eles devem parar por tempo indeterminado.
O impasse entre empresa e trabalhadores já se estende por mais de dois meses quanto ao valor do Programa de Participação nos Resultados (PPR). A Sanepar apresentou uma proposta de R$ 2.300 por trabalhador. Os grevistas pedem R$ 4.600, o que corresponde a 25% do montante distribuído aos sócios acionistas.
Segundo o diretor de divulgação e imprensa do Saemac, Alvair Santa Rosa, a esperança é que a empresa sinalize com uma proposta diferente nos próximos dias. "Já estamos negociando há dois meses. Então não nos restou nada a não ser fazer a greve. Tentamos uma mediação no Ministério Público do Trabalho e um encontro ontem com o (Luiz Claudio) Romanelli (secretário do Trabalho, Emprego e Economia Solidária). Mas a empresa não quis negociar", afirmou.
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Na próxima semana, novas assembléias devem ocorrer em todo o Estado para definir o futuro da mobilização. Caso não haja acordo, os grevistas podem optar pela continuidade da paralisação ou por requerer na justiça a diferença que julgarem devida.
Em Cascavel e em Ponta Grossa os colaboradores da companhia resolveram voltar ao trabalho. Já em Foz do Iguaçu, a exemplo do que acontece em Curitiba, a paralisação continua.
O Saemac informa que, a princípio, a greve não deve afetar o fornecimento de água ou o tratamento de esgoto, já que ao menos 30% dos trabalhadores estão em atividade.