O Ministério Público do Trabalho poderá acompanhar a negociação para quitar os salários atrasados dos funcionários da empresa Principal Vigilância, sediada em Maringá. O gerente regional da empresa em Curitiba, Nelson Santos, informou que vai solicitar na segunda-feira aos promotores do Trabalho que participem desse processo.
"Os funcionários estão dispostos a manter a empresa funcionando, ninguém quer fechá-la. Por isso, há interesse da Principal em resolver o problema e manter a imagem da empresa limpa", disse Santos.
A solicitação para que o Ministério Público do Trabalho acompanhe o processo é um gesto antecipado da empresa, que ainda negocia o adiantamento de seus clientes para quitar parte da folha de pagamento de março e algumas dívidas atrasadas.
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"Temos faturas a receber e, partir de segunda-feira, ainda vamos negociar com cada um dos clientes para conseguir o adiantamento", afirmou. O gerente garantiu que as empresas que participaram da reunião na quinta-feira passada se mostraram receptivas a ajudar a Principal a quitar os atrasados. A estimativa é encerrar que entre quarta e quinta-feira as negociações com os clientes. Santos acredita que problemas com salários atrasados devem ser solucionados nesses dias.
"A gente vai solucionar o problema com ou sem José Luiz Sander", afirmou Nelson Santos. Sander é sócio majoritário da Principal e dono da Tâmara Serviços de Limpeza. O empresário é acusado pelo Sindicato dos empregados de Empresas de Segurança e Vigilância de Maringá e Londrina de aplicar um um golpe nas empresas e nos funcionários. Ele teria fugido, na segunda-feira, com R$ 5 milhões da Principal.
"Não faz sentido uma acusação dessa", afirmou o gerente Nelson Santos. Segundo ele, uma pessoa que iria fugir não iria fazê-lo após fazer uma compra de supermercado. "A concorrência está inventando uma série de histórias, inclusive que foi encontrado o corpo dele em outro estado", disse, acrescentando que diversas mentiras estão sendo divulgadas para os seus clientes.
Para o gerente, é preciso investigar o que aconteceu com José Sander. Segundo ele, o empresário estava sendo ameaçado de morte. "Ninguém até agora ouviu as fitas, em que ele era ameaçado", disse.
Sander foi um dos primeiros denunciados no esquema de corrupção na Prefeitura de Londrina e é réu em uma medida cautelar inominada.