A siderúrgica Gerdau foi notificada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) pelo derramamento de cerca de 500 litros de emulsão de asfalto no Rio Passaúna, em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. Técnicos do IAP disseram que o produto deve ter contaminado o rio na terça-feira à noite, quando uma chuva forte atingiu a região e deve ter carregado o óleo.
De acordo com José Luiz Bolecenha, coordenador da Diretoria de Controle de Recursos Ambientais do IAP, o vazamento não vai prejudicar o consumo de água da população. O rio Passaúna faz parte do sistema da represa de mesmo nome, que abastece Curitiba. "Felizmente o vazamento foi depois da represa", explicou. Porém, segundo ele, a vegetação e os animais que habitam as proximidades do rio não vão conseguir sobreviver.
O produto estava sendo usado pela construtora De Amorim, que estava prestando serviços para a Gerdau. Segundo informações de um funcionário do departamento de engenharia da siderúrgica, que não quis se identificar, a construtora estava fazendo as obras de um lago artificial, onde seria colocado o lodo que há em outros lagos da Gerdau e que prejudica o meio ambiente. O produto que vazou ia revestir o solo, para evitar que o lençol freático fosse contaminado pelos resíduos.
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O funcionário da Gerdau disse que essas obras foram programadas para serem feitas no inverno, quando há menos ocorrências de chuvas. "Não havia previsão de chuvas, porque se eles soubessem, não teriam aplicado o produto", explicou.
O acidente só foi divulgado hoje ao meio-dia, quando moradores da região, percebendo a emulsão no rio, ligaram para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Bolecenha disse que a empresa foi negligente, porque assim que soube do acidente, através de aviso da secretaria, não tomou nenhuma providência. "A empresa não fez nada", criticou.
Leia mais em reportagem de Rosana Félix, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira