O enterro do agente penitenciário Luciano Aparecido Amâncio, de 30 anos - assassinado no primeiro dia da rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba - aconteceu pela manhã em clima de muita revolta e comoção. Aproximadamente 500 pessoas entre familiares e colegas de trabalho acompanharam o velório.
Em protesto contra a falta de condições de trabalho, os policiais saíram em comboio do centro de Curitiba, em carros e ônibus ostentando os coletes usados no trabalho, até o velório e sepultamento, realizados em Campo Largo, município da Região Metropolitana onde vivem os pais do ex-agente.
O velório aconteceu durante toda a madrugada na casa dos pais de Amâncio. Por volta das 10 horas, com sirenes de carros da PCE ligadas, todos seguiram em direção ao cemitério Dom Pedro II. O caixão foi aberto novamente para a última despedida de familiares e todos rezaram um Pai Nosso.
Leia mais:
Paraná publica resolução com regras de consulta do Parceiro da Escola
Defesa Civil alerta para mais uma tempestade nas próximas horas na região de Rolândia
Paraná ganha voo direto de Curitiba a Assunção a partir desta terça-feira
Motorista sem CNH morre após carro capotar em rodovia no Noroeste do Paraná
"Aqui está o meu irmão, funcionário do governo, que morreu em serviço e infelizmente não teve o reconhecimento que merecia. Os colegas dele que estão aqui sabem o que é sentir essa dor, que a gente espera que não venha a se repetir", disse Marcos Amâncio, um dos cinco irmãos de Luciano, minutos antes do sepultamento. "Por que é que meu filho foi tirado assim, trabalhando, com tanta brutalidade", lamentava a mãe Darci Oliveira Amâncio. Luciano era casado com Maria Aparecida - que completa 25 anos hoje - e tinha uma filha, Letícia, de 2 anos e 8 meses, que assistiu tudo sem compreender o que estava acontecendo.
Entre os colegas de trabalho, o inspetor Samuel Resende - que também foi mantido refém durante os seis dias de motim - era o mais inconformado. "Nós éramos como irmãos, de sair junto com as famílias. No dia da rebelião combinamos um almoço e de noite ele estava morto", disse, chorando.
Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira