Ambientalistas do Paraná irão convocar uma reunião com os órgãos públicos do meio ambiente, como secretaria Estadual e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para exigir que sejam tomadas sérias providências em relação à Petrobras. A intenção é exigir que o estado providencie um laudo confiável, feito por técnicos internacionais, para determinar as reais condições de funcionamento das unidades da empresa em todo o Brasil.
Os ambientalistas sugerem que o laudo seja pago com recursos das multas pagas pela Petrobras por ocasião dos acidentes. "Não dá para confiar nas informações da Petrobras, que já mostrou que não trata a questão do meio ambiente com nenhuma seriedade", diz o diretor da Sociedade de Pesquisa à Vida Selvagem (SPVS), Clóvis Ricardo Borges. Para ele, de nada adiantam as discussões após os acidentes se restringirem ao estabelecimento de multas. "É preciso exigir que a empresa tome providências para evitar de fato os acidentes", diz.
O biólogo Tiaraju de Mesquita Fialho também cobra um compromisso maior da Petrobras com a manutenção dos equipamentos. "Não podemos ficar à mercê da Petrobras, que diz que vai providenciar um sistema de detecção de vazamentos a lazer, mas carece de um sistema de manutenção eficiente", diz. "Desta vez, o rompimento do duto coloca em risco os rios Nhundiaquara, a baía de Antonina. Não compromete o abastecimento de água. E se o vazamento tivesse acontecido no início do duto, na região do rio Pequeno em Piraquara, comprometendo 70% da região metropolitana", questiona.
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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) só irá definir as penalidades à Petrobras depois de concluído o laudo técnico. Até agora, o IAP determinou a interdição do duto e notificou a Petrobras a comparecer ontem às 13 horas no órgão para prestar informações sobre o acidente. O secretário Estadual do Meio Ambiente José Antônio Andreguetto determinou ainda que a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente instaure inquérito policial para apurar o caso.
IAP e Petrobras também estavam trabalhando junto à população local, orientando para o não consumo da água do rio e riscos de incêndio. Como muitos moradores usam água do rio, um carro-pipa está providenciando o abastecimento.