A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e o Conselho Regional de Odontologia (CRO) alertaram há dois anos sobre os problemas ligados ao curso de odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que sofre com a falta de materiais para o atendimento da população nas três clínicas existentes no campus de Cascavel. Naquela época, as duas entidades foram criticadas por toda a comunidade acadêmica, que temia estar sendo prejudicada. O presidente da regional de Cascavel da ABO, José Inglêz da Silva, observa que em 1999 a falta de dinheiro, materiais e equipamentos era evidente.
Naquela ocasião, as duas entidades também enviaram pedido ao Conselho Federal de Odontologia (CFO), solicitando que o órgão visitasse as instalações do curso para que tomasse medidas e exigisse da Unioeste e do governo do Estado as providências necessárias para que pudesse funcionar de forma regular, sem comprometer o andamento das aulas de laboratório e a qualidade do ensino.
O delegado do CRO-PR, João Cezar Meassi, lembra que ''tão logo foram feitos o alerta e o pedido ao Conselho Federal, a entidade sofreu uma saraivada de ataques e críticas, feitas por pessoas envolvidas com o curso''. ''Eles entenderam que estaríamos prejudicando o curso e a universidade. Fomos interpelados judicialmente pela Unioeste para que provássemos o que estávamos denunciando.''
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Depois da promessa da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) de liberar R$ 10 mil imediatamente para a aquisição de materiais para os laboratórios, os alunos de odontologia deverão retomar o atendimento nas clínicas a partir de segunda-feira. ''É só o tempo de comprarmos o material necessário para as aulas práticas'', garantiu o acadêmico Alexandre Webber.
Leia mais em reportagem de Gilmar Agassi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste domingo