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Especialistas criticam relaxamento de normas para hidrelétricas

Carmem Murara
16 mai 2001 às 11:01

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A decisão do governo federal de reduzir as exigências ambientais para a construção de usinas hidrelétricas foi duramente criticada ontem pelos participantes no último dia do seminário sobre matriz energética, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronommia (Crea-PR). O promotor de Meio Ambiente, Saint`Clair Honorato Santos, considerou "absurda" a iniciativa do presidente Fernando Henrique Cardoso, que deverá baixar medida provisória para "afrouxar" as regras ambientais.

Na avaliação do promotor, o racionamento de energia não justifica sacrificar o meio ambiente. Ele citou que uma usina construída de forma irregular trará um ônus ambiental permanente. Saint`Clair disse ainda que quase todos os pequenos saltos e quedas d"água do Paraná estão requeridos para construção de pequenas centrais elétricas (PCHs). Entre eles o de Prudentópolis, ponto turístico do estado.

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A preocupação levantada pelo promotor foi reforçada pelo diretor da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Clóvis Borges. "Quando se anuncia a fragilização para aprovar o Rima (Relatório de Impacto Ambiental) se estabelece um golpe. É oportunismo", criticou. Ele disse que pior do que um apagão é ter hidrelétrica que provocou a destruição ambiental.

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Borges aproveitou a discussão em torno da matriz energética para mostrar dados que comprovam o descaso do Estado com o meio ambiente. O desmatamento fez com que restassem apenas 7,97% de Mata Atlântica. Menos de 3% são totalmente preservadas. São desmatados 27,3 hectares por ano.

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O Paraná tem potencial para construir 54 hidrelétricas, de um total nacional que chega a 496. "Se o Rima for simplificado estamos mortos", afirmou o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens, José Camilo Uliano.


No último dia do encontro houve ainda discussão sobre o Proálcool, que foi condenado ao fracasso por decisão governamental. O diretor-executivo da Coligação das Entidades Produtoras de Álcool (Cepal), Paulo Zanetti, denunciou a exclusão do álcool da matriz energética nacional pelo Conselho Nacional de Política Energética. O Paraná tem 28 empresas que produzem açúcar e álcool e respondem por 1,8% da área agricultável paranense.

Segundo o representante do Instituto Nacional de Eficiência Energética, Jayme Buarque de Holanda, a cana-de-açúcar contribui com 20% da energia primária nacional. O índice pode ser aumentado com o aproveitamento do bagaço para energia. "Com a crise energética haverá estímulo ao desenvolvimento da cogeração", afirmou. Os resultados do seminário irão compor a Carta de Curitiba e servirão para nortear o congresso dos engenheiros que será no final do mês, em Foz do Iguaçu.


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