Centros de pesquisa do PAraná e de Santa Catarina divergem sobre as previsões de novas ressacasa no litoral sul. Em Matinhos, no Litoral do Estado, muitos duvidam que venha acontecer outra ressaca de proporções semelhantes às registradas na madrugada do último domingo.
"Não estamos com medo de ter que enfrentar outra ressaca igual. Já tivémos durante a semana marés da mesma altura do último domingo, mas não causaram estragos. O problema só acontece quando uma série de fatores ocorrem ao mesmo tempo", diz o tenente Diogo Batista do Corpo de Bombeiros de Matinhos. O órgão vem controlando a situação diariamente, através de contatos com a Defesa Civil Estadual e com institutos de metereologia.
Ainda assim, atentos às condições climáticas adversas, os pescadores puxaram suas embarcações para fora da água e não estão saindo para o mar há uma semana.
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No último domingo, de acordo com especialistas, a ressaca tomou proporções tão fortes em função de uma somatória de adversidades: entrada de lua cheia, fase de maré alta e, principalmente, porque o centro de baixa pressão no Atlântico Sul, responsável pela formação de ondas ao encontra-se com o centro de alta pressão atmosférica vinda do continente, estava muito perto da costa.
"A ressaca de 97 foi muito mais forte, provocou ondas bem mais altas, mas não causou estrago nenhum porque o centro de pressão do Atlântico estava longe da costa", explica o engenheiro civil Marcos Muller.
O Sistema Metereológico do Paraná (Simepar) não prevê modificações nas condições pelo menos até domingo. De acordo com o metereologista Vilson Souza Ferreira, o último boletim de controle das ondas, emitido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) mostra, inclusive, uma redução na altura das ondas, que ficarão mo máximo em dois metros.
Já o Centro Integrado de Metereologia e Recursos Hídricos (Climerh), de Santa Catarina, prevê a formação de um novo sistema de baixa pressão no Litoral e, principalmente, no oceano neste fim de semana. A previsão é que com a chegada deste sistema, os ventos ganharão força, podendo formar ondas de até três metros. Segundo a metereologista do Climerh, Márcia Fuentes, estas mudanças estão previstas no Rio Grande do Sul e Santa catarina, a partir de sábado e no Paraná, a partir de domingo.