O Paraná já começou a pagar abonos para os inativos com aposentadorias de menor valor. Investindo mais R$ 2,7 milhões na folha de inativos paga esta semana, o governador Roberto Requião sancionou na terça-feira, a lei que cria o piso de R$ 400,00 para os pagamentos de novembro.
A Secretaria da Administração e da Previdência confirmou o pagamento dos abonos de R$ 50,00 para 55 mil aposentados e pensionistas dos quadros de apoio, execução e professores de nível médio. Já o novo piso mínimo complementar vai beneficiar 16 mil pessoas, entre ativos e inativos.
Desde o pagamento de agosto, 71 mil professores e 17,6 mil funcionários dos quadros de apoio e execução, que têm os salários mais baixos do Estado, vêm recebendo abonos com valores que variam de R$ 50,00 e R$ 150,00.
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A maior parte dos professores está recebendo R$ 50,00 de abono por padrão de carreira. É o caso dos que trabalham 20 horas por semana. Outros 3,5 mil professores, que têm carga de 40 horas, recebem o abono de R$ 100,00 e uma centena de professores que estava com os salários distorcidos, e muito abaixo da maioria, está recebendo o abono de R$ 150,00.
Com o abono pago este mês aos inativos, o investimento com pessoal passa para quase R$ 395 milhões/mês. Em novembro, a implementação do piso que vai garantir um ganho mínimo de R$ 400 ,00 para todo os servidores e inativos do Estado vai gerar outros custo extra de R$ 1,1 milhão/mês.
Segundo o secretário Reinhold Stephanes, o esforço para minimizar as dívidas que o governo anterior acumulou com o funcionalismo durante oito anos de gestão, exigiu R$ 600 milhões a mais que o orçamento anual de R$ 3,4 bilhões.
Com o mesmo valor destinado para os salários em 2002, o governo provavelmente enfrentou o que vem sendo considerado o maior déficit orçamentário da história do Paraná.