Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Estado vive crise de comando com movimento da PM

Redação - Folha do Paraná
17 mai 2001 às 18:00

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Rosicler, Marilsa, Isabel e Graziela. Quatro mulheres com nomes comuns foram responsáveis pela maior crise de comando na história da Polícia Militar do Paraná. Enquanto a comissão montada pelo Governo discutia no Palácio Iguaçu as reivindicações, essas quatro mulheres de policiais militares tentavam impedir a entrada de veículos no Centro de Suprimento e Manutenção (CSM) da Polícia em Curitiba.

A tropa de choque foi mobilizada para retirar as mulheres do portão. Houve confronto e as mulheres foram retiradas à força da calçada. A polícia usou gás lacrimogênio e prendeu duas manifestantes, Rosicler Maria Bonato e Marilsa Ferreira de Oliveira.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A ação do choque para conter a manifestação das mulheres foi o que desencadeou a crise. Assim que souberam do confronto e das prisões, dezenas de policiais do 12º batalhão, do 13º batalhão e do Regimento da Capital abandonaram os quartéis e seguiram para o CSM.

Leia mais:

Imagem de destaque
PR-445 e PR-323

Lote 3 das novas concessões terá rodovias estaduais duplicadas entre Londrina e São Paulo

Imagem de destaque
Avaliação seriada

UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo

Imagem de destaque
Maior felino das Américas

Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada

Imagem de destaque
Bloqueio total do tráfego

BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto


Em desrespeito direto aos superiores, eles ficaram em frente ao portão do Centro e só se desmobilizaram depois que as mulheres dos PMs foram liberadas do 2º Distrito Policial, com a garantia de que não haveria inquérito policial contra elas. Mais de 20 viaturas policiais ficaram paradas na avenida Iguaçu durante toda a manhã.

Publicidade


Como o 12º e o 13º são batalhões responsáveis pelo patrulhamento de Curitiba, de manhã a cidade ficou praticamente sem policiamento militar. O rádio da polícia foi travado e dificultou a comunicação. Apenas 10% das viaturas trabalharam normalmente na cidade ontem de manhã, de acordo com estimativas de oficiais que estavam no CSM.


Antes de saírem para a frente do Centro, os policiais estavam aquartelados. "Nós estávamos fazendo uma manifestação pacífica, mas não aceitaremos que o comando coloque a tropa de choque para bater em mulher de policiais", esbravejava um dos policiais.

Publicidade


Com o desrespeito às ordens dos superiores, foi necessária a interferência de oficiais da reserva para intermediar as negociações entre policiais e o comando da capital. O coronel da reserva Sérgio Malucelli ouviu a notícia do confronto pelo rádio e se dirigiu ao CSM. "Em 35 anos que estive na ativa nunca vi um acontecimento como esse, é preciso que os envolvidos diretamente sejam sensatos", disse. "A culpa não está na corporação, mas em quem faz promessas e não cumpre."


Os policiais militares estavam dispostos a entrar em confronto com a tropa de choque. Por medida de segurança, no final da manhã o Comando do Policiamento da Capital (CPC) determinou a retirada da tropa de choque do CSM. Os portões foram fechados. O objetivo das quatro mulheres era evitar que as viaturas policiais fossem abastecidas no Centro. Elas garantiram que estavam deixando passar os carros descaracterizados, as ambulâncias e viaturas do Siate, que também são abastecidos no local.

Publicidade


O major Ademar Benenuto Moletta, que comandou a ação da tropa de choque, foi retirado do local após a chegada dos policiais militares em apoio às mulheres.


Houve pelo menos três incidentes durante a manhã que poderiam ter gerado um confronto entre os policiais militares. Assim que os manifestantes chegaram ao CSM, o capitão Fadel, da tropa de choque, tentou conversar com os policiais. Ele atravessou a rua e quando se aproximou dos manifestantes, todos os PMs lhe deram as costas e começaram a vaiar. Fadel desistiu de conversar. "Essa não é a polícia que eu conheço."

Publicidade


Por volta do meio-dia, logo após o fim da reunião no Palácio Iguaçu houve outro momento de tensão. Os manifestantes não concordaram com o prazo de 60 dias solicitado pelo governo para que fosse feita uma revisão nos salários dos policiais. "Se o governador precisa desse tempo para decidir sobre o aumento, o Paraná vai ficar 60 dias sem polícia", diziam as manifestantes.


Um tenente foi flagrado pelos manifestantes anotando as placas das viaturas que estavam paradas em frente ao CSM. Ele foi expulso pelos manifestantes sob vaias e chingamentos. No início da tarde houve o momento de maior tensão. Dois integrantes da P-2 (serviço reservado da Polícia Militar) foram flagrados filmando das viaturas. Um deles conseguiu sair com a câmera. O outro foi preso pelos policiais, que tomaram a pistola e o revólver calibre 38 que estavam com o P-2. Ele teve que ser retirado às pressas do local.

Leia mais sobre o assunto na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo