Alternativas que podem garantir o desenvolvimento sustentável dos municípios do entorno do Parque Nacional do Iguaçu sem prejudicar a preservação da região já foram apontadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), mas ainda não foram colocadas em prática. Há três anos, a secretaria, através do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), patrocinou um estudo para diagnosticar os principais problemas ambientais do local. Apenas algumas medidas do projeto "Diretrizes para o desenvolvimento dos municípios da área do entorno do Parque Nacional do Iguaçu" saíram do papel.
O projeto foi elaborado em conjunto com a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre). Durante quase dois anos, uma equipe de consultores avaliou as possibilidades de desenvolvimento econômico e social das cidades vizinhas que sofreriam o impacto do fechamento da Estrada do Colono. O projeto, conforme explica o coordenador de biodiversidade e florestas da Sema, José Tadeu Motta, serviu para apontar a situação do parque. "Foi fácil observar a redução da árera florestal", revelou. Além disso, o estudo detectou a erosão do solo pelo excesso de atividade agrícola e também a exploração clandestina da flora e fauna locais.
A partir desse diagnóstico, o projeto pretendia estabelecer um planejamento do uso e da ocupação do solo e mostra como o impacto ambiental poderia ser reduzido com medidas simples, como o redirecionamento agrícola e econômico, por exemplo. "Algumas dessas ações foram colocadas em prática", defende Motta, mas admite que não o suficiente para garantir a integridade do Parque Nacional do Iguaçu. Para ele, essas ações poderiam ser efetivadas numa inicativa conjunta do governo federal, estadual e dos municípios, além do apoio da iniciativa privada.