O estudante S.L.E.S., de 13 anos, foi esfaqueado por um colega de classe, também menor, na saída da Escola Estadual Ângelo Volpato, no Bairro Santa Felicidade, região oeste de Curitiba. O crime aconteceu ao meio-dia, depois de um desentendimento entre os dois. Segundo testemunhas, a vítima teria provocado C.J.L., de 12 anos, que portava um canivete de oito centímetros de lâmina. Na saída da aula, os dois teriam lutado e C.J.L acertou a barriga do colega. S.L.E.S foi encaminhado ao Hospital Evangélico por professores.
Funcionários da escola informaram que C.J.L. ficou em estado de choque depois da agressão e logo se apresentou à diretoria. O 12º Batalhão foi acionado e encaminhou o garoto à Delegacia do Adolescente. C.J.L está detido e aguarda julgamento.
Segundo o hospital, S.L.E.S passa bem e não corre risco de morte. O menor integrou o Programa Piá, que assiste meninos de rua, entre dezembro de 1998 e maio de 2000. Atualmente mora com uma tia e estuda na sexta série do ensino fundamental.
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A secretária da escola, Sueli Muraro Rocha, disse que a Polícia Militar não garante a segurança da instituição nos horários considerados "críticos", como a chegada e saída dos alunos. Além disso, a Secretaria Estadual de Educação transferiu quatro funcionários da escola, alegando corte de pessoal. "Esses funcionários ajudam a garantir a segurança dos alunos no horário do recreio, mas a secretaria vai remanejá-los", disse Sueli. Instalada há 39 anos, a escola tem 900 alunos.
O 12º Batalhão informou que uma viatura faz ronda nas proximidades na escola duas vezes por semana e que a ronda não é reforçada porque há muitas escolas na região que também precisam de patrulha. Segundo o secretário Municipal da Defesa Civil, Sanderson Diotalevi, a polícia militar faz um trabalho direcionado de proteção às escolas em parceria com a prefeitura, no Projeto Escola. "Promovemos rondas nas escolas municipais para evitar a escalada da violência nesses locais."
Somente de janeiro a setembro do ano passado, a Polícia Civil registrou 25 lesões corporais contra menores na Capital, a maioria dos casos nas proximidades de escolas. "Estamos estudando formas de intensificar a segurança perto das escolas", disse o secretário. Ele enfatiza ainda que deve ser feito um trabalho em conjunto com o departamento pedagógico das escolas e com as famílias.
Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira