Dois estudantes tiraram a roupa na Boca Maldita, Centro de Curitiba, em protesto contra o reajuste de 10% no valor da tarifa de transporte coletivo urbano. Michele Santos e Edmir Maciel usaram apenas tapa-sexo imitando um vale-transporte enquanto distribuíam panfletos no centro da cidade.
Com o reajuste de R$ 1,00 para R$ 1,10 no dia 20 de janeiro, a tarifa cobrada em Curitiba passa a ser uma das mais altas entre as regiões metropolitanas de capitais brasileiras.
A manifestação foi organizada pela União Paranaense de Estudantes (UPE). "Queremos conscientizar a população sobre a necessidade de não aceitar o aumento e exigir o retorno a R$ 1,00", diz o presidente da UPE, Gustavo Henrique Moraes.
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Além da distribuição de panfletos, os estudantes apressentaram uma denúncia à promotoria de defesa do consumidor do Ministério Público sobre possíveis irregularidades no cálculo do valor da tarifa. A UPE lembra que o reajuste de 10% fica acima de todos os índices de inflação do ano passado, que giraram em torno de 7%. O reajuste anterior da tarifa tinha ocorrido em 20 de fevereiro de 2000.
Os estudantes também dizem ter informação de que estaria sendo preparado um novo reajuste. "O novo aumento seria em virtude da falta de moedas para troco, se o objetivo é facilitar o troco o melhor é voltar o preço para R$ 1,00."
A promotoria de defesa do consumidor recebeu a denúncia e requisitou da Companhia de Urbanização (Urbs) informações sobre os motivos do reajuste. A urbs tem 10 dias úteis para prestar esclarecimentos. Só depois disso é que os promotores vão decidir se existem ou não argumentos para a abertura de qualquer procedimento contra os órgãos municipais responsáveis pelo aumento. O objetivo do Ministério Público é identificar se existe algum vício na base de cálculos para a definição da tarifa.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira