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Estudantes ficam pelados na Boca Maldita

Redação - Folha do Paraná
24 jan 2001 às 15:48

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Dois estudantes tiraram a roupa na Boca Maldita, Centro de Curitiba, em protesto contra o reajuste de 10% no valor da tarifa de transporte coletivo urbano. Michele Santos e Edmir Maciel usaram apenas tapa-sexo imitando um vale-transporte enquanto distribuíam panfletos no centro da cidade.

Com o reajuste de R$ 1,00 para R$ 1,10 no dia 20 de janeiro, a tarifa cobrada em Curitiba passa a ser uma das mais altas entre as regiões metropolitanas de capitais brasileiras.

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A manifestação foi organizada pela União Paranaense de Estudantes (UPE). "Queremos conscientizar a população sobre a necessidade de não aceitar o aumento e exigir o retorno a R$ 1,00", diz o presidente da UPE, Gustavo Henrique Moraes.

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Além da distribuição de panfletos, os estudantes apressentaram uma denúncia à promotoria de defesa do consumidor do Ministério Público sobre possíveis irregularidades no cálculo do valor da tarifa. A UPE lembra que o reajuste de 10% fica acima de todos os índices de inflação do ano passado, que giraram em torno de 7%. O reajuste anterior da tarifa tinha ocorrido em 20 de fevereiro de 2000.

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Os estudantes também dizem ter informação de que estaria sendo preparado um novo reajuste. "O novo aumento seria em virtude da falta de moedas para troco, se o objetivo é facilitar o troco o melhor é voltar o preço para R$ 1,00."


A promotoria de defesa do consumidor recebeu a denúncia e requisitou da Companhia de Urbanização (Urbs) informações sobre os motivos do reajuste. A urbs tem 10 dias úteis para prestar esclarecimentos. Só depois disso é que os promotores vão decidir se existem ou não argumentos para a abertura de qualquer procedimento contra os órgãos municipais responsáveis pelo aumento. O objetivo do Ministério Público é identificar se existe algum vício na base de cálculos para a definição da tarifa.

Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira


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