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Medicina

Estudantes questionam transferência de acadêmicos da UEPG

Andréa Lombardo - Folha de Londrina
23 mai 2003 às 08:43

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Alunos de medicina das universidades estaduais de Maringá (UEM), Londrina (UEL) e do Oeste do Paraná (Unioeste), de Cascavel, estão solidários, mas ao mesmo tempo preocupados com a transferência dos acadêmicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

O receio é que, absorvendo novos alunos, os problemas de falta de estrutura dos cursos se agravem.

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O presidente do Centro Acadêmico de medicina da UEM, Moacir Rafael Martins Radaelli, lembra que quando o número de vagas do curso aumentou de 20 para 40, há cerca de dois anos, a universidade reivindicou uma série de melhorias estruturais que, até hoje, não foi atendida.

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De acordo com o universitário, não haveria espaço físico suficiente nas salas do Hospital Universitário (HU) para abrigar mais 12 alunos (número de transferências previstas).

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Outro problema é que, com o aumento da carga horária, os professores não tiveram nenhuma compensação. Radaelli não questiona o direito dos alunos da UEPG continuarem estudando.


''Mas não podia ser desse jeito autoritário que o governo está fazendo'', criticou.

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A assessoria de imprensa da UEM informou que a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior se comprometeu a repassar recursos para que a universidade possa se estruturar para receber os alunos da UEPG.


Estão previstas readequações nos laboratórios e aumento do acervo bibliográfico do HU.

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A secretária do CA de medicina da Unioeste , Carolina Vaz de Paula, defende que a transferência dos alunos da UEPG seja compensada com a destinação de mais recursos pelo governo.


Isso para fazer frente às dificuldades que os atuais alunos já enfrentam. Entre os problemas, ela aponta a falta de professores e de material para os laboratórios.

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O pró-reitor de Graduação da Unioeste, Leônidas Lopes de Camargo, admite que as dificuldades existem.


''Dificuldades sempre tivemos e vamos ter por um bom tempo em função da falta de investimento'', declarou.

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Mas, ele não vê problemas em atender os alunos que serão transferidos.


Segundo o pró-reitor, no primeiro período de medicina, os laboratórios não são imprescindíveis, pois as disciplinas são dadas em sala de aula e o número de professores é suficiente para dar atendimento.

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Para as séries subsequentes, lembrou, haverá necessidade de mais investimentos.


Camargo disse ainda que o combinado com a secretaria é que as demandas decorrentes da absorção de novos alunos seriam atendidas com repasse de mais recursos ou de equipamentos e materiais necessários.

Leia mais sobre o assunto na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina


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