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EUA têm duas vítimas de Antraz

Redação - Folha do Paraná
10 out 2001 às 09:31

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Cientistas consideram que contaminação só pode ter acontecido com intervenção humana
- France Presse
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A retaliação aos ataques norte-americanos no Afeganistão - que, por sua vez, é uma reação aos atos terroristas do dia 11 de setembro - é tudo o que a população norte-americana mais teme no momento. E não por acaso. Nesta terça-feira, foram confirmados dois casos de morte por antraz no Departamento de Saúde da Flórida. As duas vítimas ficaram expostas à bactéria e morreram em poucos dias.
De acordo com o senador da Flórida, Bob Graham, a possibilidade de uma contaminação natural vão de "zero a nenhuma". Os investigadores acreditam numa exposição proposital através de uma carta, por exemplo. O germe Anthrax (ou antraz) pode se manter ativo durante décadas se for conservado em um ambiente seco e não sofrer a ação da luz. Não é contagioso, mas pode matar em alguns dias se se vaporiza o estado de espora. Os sistemas de ventilação do prédio ou o correio podem, portanto, ser vetores possíveis para um ataque terrorista. Quanto ao tratamento desta enfermidade pulmonar, pode ser combatida com antibióticos se se o fizer rapidamente, antes que a bactéria produza suas mortais toxinas. Apenas uma empresa norte-americana conhecida está em condições de produzir atualmente uma vacina para uso humano: Bio-Port, instalada em Lansing (Michigan). Mas esta firma, cujo laboratório foi fechado por razões sanitárias pela Food and Drug Administration (FDA) em 1998, aguarda autorização para reiniciar a produção em suas novas instalações.
De acordo com o secretário de Estado das Relações Exteriores da Grã Bretanha, Ben Bradshaw, existem grandes possibilidades que a organização terrorista Al Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden, tenha posse de "algumas armas bacteriológicas e químicas". "Sabemos que a rede Al Qaeda tenta há dez anos obter armas bacteriológicas e químicas", disse Bradshaw, em uma entrevista à televisão australiana ABC.
Durante toda a terça-feira, os EUA - apoiados pelo exército britânico - continuaram a ofensiva contra os afegãos. Os talebans continuam resistindo às tropas anglo-saxônicas e afirmam que o mulá Mohammad Omar e o maior suspeito dos atentados nos EUA, Osama Bin Laden, estão em segurança. De acordo com o Pentágono, os americanos já teriam tomado controle do espaço aéreo afegão, pois o equipamento bélico dos talebans são insuficientes para abater os sofisticados aviões norte-americanos.
As manifestações contra os ataques continuam em todos os países com maioria islâmica. Em Bangladesh, Indonésia e Paquistão, várias pessoas entraram em choque com a polícia em protesto contra a guerra. Os manifestantes ofendem o governo Bush e, a partir de agora, consideram também o primeiro ministro britânico, Tony Blair, como um dos principais inimigos do islã. Nesta terça-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que os militares americanos mataram quatro funcionários da ONU que trabalhavam num prédio em território afegão. Os funcionários eram responsáveis pela assistência à população carente e pelo desativamento de minas explosivas.
Mais da metade dos brasileiros se opõe aos ataques dos Estados Unidos e Grã-Bretanha contra o Afeganistão, e também acha que seu país deve manter-se neutro no conflito, segundo uma pesquisa da Datafolha divulgada na imprensa. A pesquisa foi feita na capital paulista, onde 66% dos entrevistados se manifestaram contrários aos ataques, contra 24% em favor e 6% indiferentes. Quatro por cento confessaram não saber da existência dos ataques. Sobre a posição que o Brasil deve assumir, 60% expressaram que deve ser neutro, 5% que deve manifestar apoio sem restrição aos Estados Unidos, e 20% ofereceriam seu apoio com restrições.
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