Apesar de ter reduzido em relação ao penúltimo censo escolar, realizado em 1996, a taxa de evasão escolar no Paraná em 2000 continua sendo a maior entre os estados do Sul do País. De acordo com os números divulgados anteontem pelo Ministério da Educação (MEC), 6,3% dos alunos abandonavam as escolas entre 1995 e 1996. De 99 para 2000, esse índice foi de 5%, ficando acima, inclusive, da média nacional (4,8%).
Redução mais significativa foi observada na taxa de repetência, que passou de 23,8%, em 95/96, para 15%, entre 99 e 2000. O mesmo aconteceu com a taxa de de distorção idade-série, que de 31,7% caiu para 20,4%. Esses números correspondem a situação dos alunos matriculados em escolas municipais, estaduais, e particulares.
"Os índices refletem muito bem a forma que trabalhamos para corrigir as distorções, que em 94 e 95 eram bem piores", afirmou a coordenadora de informações educacionais da Secretaria de Estado da Educação, Maria Luíza Marques Dias, referindo-se à política adotada pelo governo para o ensino público estadual. A decisão de municipalizar o ensino de 1ª a 4ª série, no início dos anos 90, segundo ela, deu oportunidade para que o Estado pudesse atuar incisivamente no ensino fundamental de 5ª a 8ª e no ensino médio.
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Maria Luíza acredita o projeto chamado "Correção de Fluxo", implantado em 1997, foi o grande responsável pela melhoria nos índices de distorção idade-série, e refletiu, também, nos demais indicadores. Com esse trabalho, alunos com dois ou mais anos de distorção foram retirados das séries em que estavam e agrupados em turmas por idade. "Foi desenvolvida uma metodologia específica para isso."
Segundo a coordenadora, em média, 64,3% dos 342 mil alunos que ingressaram no projeto entre 97 e 99 conseguiram ser promovidos para a 8ª série ou para a série subseqüente a que estavam ou, ainda, concluíram o ensino fundamental. "Com isso, diminui-se também a repetência e a evasão porque o aluno se sente mais estimulado a aprender e não abandona a escola".