O ex-diretor do Banestado Sérgio Elói Drszcz culpou nesta terça-feira os ex-governadores de Estado pela falência do Banestado. Os problemas do banco teriam começado em fevereiro de 1991, com a liquidação do extinto Badep, banco de fomento.
O próprio ex-diretor diz ter escrito uma carta ao então governador Roberto Requião (PMDB) explicando as implicações que o Banestado teria com a incorporação do Certificado de Depósito Bancário (CDI) do Badep.
A partir de 1992, o governo do Estado fez uma rubrica para saldar mensalmente a dívida do Badep junto ao Banestado. ''Requião cumpriu religiosamente o compromisso e pagou a dívida. Com isso, o Banestado pôde voltar a respirar aliviadamente'', salientou o ex-diretor.
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No entanto, os governos Mário Pereira (PMDB) e Jaime Lerner (PFL) deixaram de cumprir os pagamentos previstos, gerando uma dívida de cerca de R$ 200 milhões. ''Isso representou cerca de 50% do valor do preço mínimo do banco. O que com certeza levou à insolvência do Banestado'', complementou Sérgio Elói Drszcz.
O ex-diretor Alaor Alvim Pereira concordou. Ele disse que mesmo com o cancelamento do pagamento da dívida, o Banestado conseguiu sobreviver até 1996 transferindo ativos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). ''Fazíamos a recuperação de créditos para gerar receita'', comentou.
As dificuldades aumentaram com a mudança das regras do Sistema Financeiro Nacional. Com isso, em 1997, o Banestado fechou o ano com R$ 250 milhões de prejuízo. Em 1998, R$ 2,8 bilhões. Em 1999, R$ 500 milhões.