O ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Marcos Prochet, de 54 anos, foi condenado a 15 anos e 9 meses de prisão na noite de sexta-feira (22), durante julgamento realizado na 2.ª Vara do Tribunal do Júri, em Curitiba, pelo assassinato de Sebastião Camargo, um agricultor sem-terra, em 1998. O advogado de Prochet, Roberto Brzezinski Neto, informou que vai recorrer da decisão na semana que vem.
Segundo a acusação, o assassinato aconteceu no dia 7 de fevereiro de 1998, quando uma milícia despejou famílias de sem terra da Fazenda Boa Sorte, na cidade de Marilena, no Noroeste do Estado. A propriedade pertence a outro fazendeiro envolvido no caso, chamado Teissin Tina, que já foi condenado por homicídio simples. Atualmente a fazenda é um assentamento.
O júri condenou Prochet por executar o agricultor que na época estava com 65 anos. De acordo com a acusação, pistoleiros foram contratados por fazendeiros da região. Prochet, então presidente da UDR, acompanhava a ação, e teria efetuado o disparo que vitimou Camargo. (Com informações do repórter Rubens Chueire Jr.)