O excesso de pessoas pode ter sido uma das causas para a queda do palco onde estava o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), nesta quinta-feira (5), no município de Paiçandu, a cerca de 420 quilômetros de Curitiba, no noroeste do Paraná. Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas, entre elas o governador, que sofreu uma luxação no pé esquerdo.
Aparentemente, uma das vigas de sustentação do palanque não suportou o peso e entortou, fazendo com que a estrutura viesse abaixo. Em frente ao palco estava o delegado de Paiçandu, José Nunes Furtado, a quem caberá a tarefa de investigar o ocorrido. Segundo ele, a princípio foi observado que faltavam palanques de sustentação em alguns intervalos.
Interrogado, o técnico responsável pela instalação da estrutura afirmou que lhe foi dito que não haveria muitas pessoas. "Ele falou que seria para umas 40 pessoas", destacou o delegado. "Tinha mais pessoas que isso." Apesar de, segundo Furtado, apenas 70% do palco estar ocupado. "Vou apurar as responsabilidades pela negligência", afirmou.
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A estrutura foi encomendada pela prefeitura de Paiçandu. A chefe de gabinete, Eliana Calçado, confirmou que não havia mesmo previsão de muitas pessoas sobre o palco. "Mas o cerimonial chamava uma e subiam três ou quatro juntos", disse. "E houve uma aglomeração, uma multidão em volta do governador."
A Casa Militar do governo do Estado disse que foi feita uma inspeção prévia e a estrutura liberada. O órgão estadual afirmou, em nota da assessoria de imprensa do governo, que, no momento da queda, não havia número excessivo de pessoas no palco.
O palco, com cerca de três metros de altura, foi montado em uma praça no centro da cidade. Nele, deputados federais e estaduais, secretários de Estado e outras autoridades subiram para uma solenidade de entrega de 69 ônibus escolares para 29 municípios que fazem parte da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).
Os ferimentos mais comuns foram cortes na cabeça, braços e pernas. Por volta das 13 horas, todos os feridos já tinham sido medicados. Entre as autoridades que precisaram de atendimento hospitalar estavam o secretário de Estado do Planejamento, Ênio Verri, com dores na perna, o deputado estadual Nereu Moura, com corte na cabeça, e o deputado federal Odílio Balbinotti, com luxação no ombro.