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Exposição reúne bonecos japoneses em Curitiba

Katia Michelle - Folha do Paraná
11 set 2001 às 10:08

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Eles não são apenas bonecos. São encarnações de amor, são formas de oração e – acima de tudo – são obras de arte. Assim podem ser vistos os bonecos japoneses, que a partir de hoje invadem o Memorial de Curitiba. As 70 obras chegam à cidade pela primeira vez, depois de passar por Campinas e Brasília. A mostra é resultado de uma parceria da Fundação Cultural, Fundação Japão e Consulado Geral do Japão.
Os exemplares revelam parte da intrigante cultura japonesa. Por meio deles, é possível conhecer das crenças às tradicionais comemorações. Na exposição, pode-se apreciar, por exemplo, os bonecos da Festa Hina ("Hina Ningyo"). Eles são confeccionados quando as famílias com meninas celebram o "Hina Matsuri", ou a Festa das Bonecas, uma tradição milenar. Na celebração, cada família prepara os objetos para serem expostos numa plataforma, como símblo das orações pela felicidade de suas jovens filhas.
Quando os filhos são homens, os bonecos são outros. A festa dos meninos recebe o nome de "Tango no Sekku". As famílias exibem jogos de armaduras e bonecos vestidos com trajes de guerreiros (‘Gogatsu Ningyo’) e oferecem orações para que os filhos crescam fortes e saudáveis.
Também estão expostos os bonecos do Teatro Nô. Uma das principais artes do Japão, o Teatro Nô tem suas origens na era Muromachi (1400-1600). Esses bonecos são conhecidos como "Noh Ningyo" e, assim como os personagens do teatro Nô, os bonecos vestem trajes complexos e bem elaborados. Ao lado deles, há os bonecos dos teatros Buranko e Kabuki, artes tradicionais do país.
A mostra também contempla as bonecas "Oyama Ningyo", que representam jovens mulheres, os estilos e a moda japonesa; as "Kimekomi Ningyo", bonecas de madeira vestidas com quimono e os "Ichimatsu Ningyo", que representam crianças japonesas de forma muito realista.
E mesmo os bonecos mais simples, como os "Kokeshi Ningyo", não escondem a apurada técnica japonesa. Esses exemplares são conhecidos por sua simplicidade e cores vibrantes, confeccionados a partir das técnicas de tornearia em madeira. Há dois tipos básicos "Kokeshi tradicional", uma arte regional do nordeste e "Kokeshi criativo", que expressa a liberdade e a imaginação ilimitada do artista.
Para o consul do Japão em Curitiba Katsumi Yoshimura, esses objetos representam a vida e o cotidiano dos japoneses. "Espero que os brasileiros apreciem essa dedicação aos bonecos e à arte", salienta. A assessora para assuntos culturais do Consulado do Japão, Kiomi Massaki, lembra que os objetos fazem parte do acervo da Fundação Japão, que tem mais de 20 exposições itinerantes que ganham os países com o objetivo de difundir a cultura japonesa.
Além de observar essas pequenas obras de arte, os visitantes da exposição "Bonecos do Japão: Formas de Oração, Encarnações de Amor" também vão poder conhecer a história de cada um deles. A Fundação Cultural treinou monitores para acompanhar os visitantes.
A mostra pode ser vista de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas e nos sábados e domingos, das 9 às 15 horas. Escolas podem agendar visitas pelo telefone (41) 322 1525 e a exposição pode ser vista até o sia 23 de setembro, quando segue para Recife.
Abertura da Exposição "Bonecos do Japão - Formas de Oração, Encarnações de Amor", hoje, às 19h30, no Memorial de Curitiba (1º andar), Rua Claudino dos Santos S/N. Largo da Ordem.
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