Representantes comunitários e de entidades ligadas a indústria e comércio de Tapejara (39 km a leste de Umuarama) estão desesperados com a falta de segurança pública no município.
Nas últimas duas semanas, a comunidade vem enfrentando atentados em agência bancária, assaltos em posto de gasolina, furto de gado e disparos por pessoas que andam armadas pelas ruas.
A delegacia do município tem apenas dois funcionários cedidos pela prefeitura e o destacamento da Polícia Militar, quatro policiais.
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A falta de efetivo da Polícia Civil se repete em municípios da região provocando o aumento da criminalidade e a própria impunidade porque não há investigações das ocorrências registradas pelas vítimas.
O delegado de Cruzeiro do Oeste, Roberto Aparecido Penteado, responsável pela comarca que inclui os municípios de Tapejara, Mariluz e Tuneiras do Oeste, diz que as delegacias destas pequenas cidades não têm delegados, escrivães e investigadores efetivos da Polícia Civil.
Penteado conta que apesar de Cruzeiro do Oeste ser classificada como uma delegacia regional, a comarca conta somente com uma viatura e quatro investigadores.
A delegacia, com capacidade para 16 presos, está com 50, exigindo assim a atenção dos funcionários que a princípio deveriam estar na rua investigando.
''Em Tapejara, a situação fica ainda mais difícil porque só uma usina do município emprega 2.400 funcionários e, no dia de pagamento, os problemas aumentam com a falta de segurança'', afirma o delegado.
Para o vereador de Tapejara, Norival Perseguini (PMDB), o município deveria ter, no mínimo, um delegado com escrivão e investigadores.
''Já levamos diversos pedidos de setores da indústria e comércio e até agora não obtivemos nenhuma resposta'', lamenta.
Perseguini diz ainda que a comunidade se sente desamparada e com medo.