Atraídos pelas vantagens de ser um cidadão da Comunidade Comum Européia, brasileiros com descendência estrangeira estão promovendo uma verdadeira corrida aos consulados e embaixadas na esperança de conseguir a cidadania nos países em que nasceram seus ascendentes.
Com cidadania de país europeu, o cidadão pode viver livremente pela Europa, sem burocracias em aeroportos e alfândegas. Outra vantagem é o fato de não precisar de visto para entrada nos Estados Unidos, um direito dos cidadãos europeus.
Mas a conquista pela dupla cidadania quase sempre se revela um processo difícil e penoso. Um exemplo são os descendentes de italianos que ingressaram com pedido de passaporte. A fila é tão grande que os consulados já avisam que a pessoa terá que esperar de quatro a cinco anos até ser convocada a comparecer no órgão e apresentar sua documentação.
A intensa procura pela cidadania italiana acontece em função da legislação, que prevê a concessão de cidadania para todos os descendentes, independente do grau de ascendência. O problema, neste caso, é obter toda a documentação exigida que comprove a existência do ascendente italiano que dará origem à cidadania.
É esse o desafio do engenheiro civil Márcio Winheski, 33 anos, que entrou com requerimento de cidadania italiana no Consulado Geral de Curitiba em 1999. Como só será convocado a apresentar sua documentação em cinco anos, está aproveitando este tempo para ir atrás de sua história. Bisneto de italianos, ele calcula que já enviou mais de 50 cartas para as prefeituras e paróquias das seis cidades que fazem parte da província de Treviso na região de Vêneto, de onde ele acredita serem seus parentes. Até agora só recebeu algumas respostas negativas.
‘Continuo esperando o resto das respostas. Enquanto isso, estou procurando na Internet, listas telefônicas das cidades italianas e outros órgãos que possam ter informações sobre as imigrações’, diz.
Outro problema é arrecadar a documentação existente no País. É preciso anexar certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os ascendentes a partir daquele que dará origem à cidadania.
O representante comercial Flávio Bin, 36 anos, foi poupado deste trabalho porque o irmão mais velho já havia obtido cidadania e tinha em mãos toda a documentação necessária. ‘Meu irmão viajou, foi na Prefeitura de Treviso, região do nosso bisavô, achando que conseguiria o Certificato di Nascita (certidão de nascimento). Mas acabou sendo informado que teria que descobrir primeiro em qual das 128 províncias de Treviso ele tinha nascido’, diz. Mais tarde, descobriram que o bisavô era da cidade de Asolo.
Como antigamente não existiam cartórios, muitos registros como certidões de nascimento e casamento estão em paróquias ou nas prefeituras das cidades. É preciso constatar, ainda, se o parente não se naturalizou brasileiro. O consulado também exige que os documentos sejam corrigidos, com a presença de advogado, mostrando as diferentes grafias usadas para o mesmo nome. Depois, a documentação tem que ser traduzida para italiano por um tradutor juramentado.
Com cidadania de país europeu, o cidadão pode viver livremente pela Europa, sem burocracias em aeroportos e alfândegas. Outra vantagem é o fato de não precisar de visto para entrada nos Estados Unidos, um direito dos cidadãos europeus.
Mas a conquista pela dupla cidadania quase sempre se revela um processo difícil e penoso. Um exemplo são os descendentes de italianos que ingressaram com pedido de passaporte. A fila é tão grande que os consulados já avisam que a pessoa terá que esperar de quatro a cinco anos até ser convocada a comparecer no órgão e apresentar sua documentação.
A intensa procura pela cidadania italiana acontece em função da legislação, que prevê a concessão de cidadania para todos os descendentes, independente do grau de ascendência. O problema, neste caso, é obter toda a documentação exigida que comprove a existência do ascendente italiano que dará origem à cidadania.
É esse o desafio do engenheiro civil Márcio Winheski, 33 anos, que entrou com requerimento de cidadania italiana no Consulado Geral de Curitiba em 1999. Como só será convocado a apresentar sua documentação em cinco anos, está aproveitando este tempo para ir atrás de sua história. Bisneto de italianos, ele calcula que já enviou mais de 50 cartas para as prefeituras e paróquias das seis cidades que fazem parte da província de Treviso na região de Vêneto, de onde ele acredita serem seus parentes. Até agora só recebeu algumas respostas negativas.
‘Continuo esperando o resto das respostas. Enquanto isso, estou procurando na Internet, listas telefônicas das cidades italianas e outros órgãos que possam ter informações sobre as imigrações’, diz.
Outro problema é arrecadar a documentação existente no País. É preciso anexar certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os ascendentes a partir daquele que dará origem à cidadania.
O representante comercial Flávio Bin, 36 anos, foi poupado deste trabalho porque o irmão mais velho já havia obtido cidadania e tinha em mãos toda a documentação necessária. ‘Meu irmão viajou, foi na Prefeitura de Treviso, região do nosso bisavô, achando que conseguiria o Certificato di Nascita (certidão de nascimento). Mas acabou sendo informado que teria que descobrir primeiro em qual das 128 províncias de Treviso ele tinha nascido’, diz. Mais tarde, descobriram que o bisavô era da cidade de Asolo.
Como antigamente não existiam cartórios, muitos registros como certidões de nascimento e casamento estão em paróquias ou nas prefeituras das cidades. É preciso constatar, ainda, se o parente não se naturalizou brasileiro. O consulado também exige que os documentos sejam corrigidos, com a presença de advogado, mostrando as diferentes grafias usadas para o mesmo nome. Depois, a documentação tem que ser traduzida para italiano por um tradutor juramentado.