O Sindicato Nacional Patronal Rural (Sinapro) vai entrar na Justiça contra a Polícia Militar e o governo do Paraná.
A alegação é que a PM teria dado escolta a 430 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para entrar, na última sexta-feira, na Fazenda Três Marias, em Manoel Ribas (146 km ao sul de Apucarana).
A fazenda foi invadida há cerca de 20 dias por integrantes do MST e na sexta-feira mais famílias entraram no local para ''reforçar'' a ocupação, que tem agora cerca de 800 famílias.
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''A PM deu guarida aos sem-terra para eles invadirem a fazenda. Além de descumprir a ordem judicial de reintegração de posse e prisão dos invasores, ainda ajudaram o MST a cometer mais crimes'', afirmou o presidente do Sinapro, Narciso Rocha Clara.
Ele informou que o departamento jurídico do sindicato está preparando a ação e que até o final da semana o órgão entra na Justiça.
Outra alegação do Sinapro é que os fazendeiros foram ameaçados de prisão para terminar o protesto iniciado na última quarta-feira e liberar a estrada principal de acesso a fazenda.
Os fazendeiros ''fecharam'' a estrada para pressionar o cumprimento do mandado de reintegração de posse.
Na última sexta-feira, quando eles deixaram o local, um fazendeiro foi detido por porte ilegal de arma.
Dois integrantes do MST também foram detidos por dirigirem motos sem carteira de habilitação.
Os três assinaram um termo circunstanciado. ''Estávamos em via pública, e era um protesto ordeiro e pacífico'', alega Rocha Clara.
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