As férias coletivas implantadas pelo governo do estado como uma medida de contenção de gastos formalizaram uma situação já existente em parte. Dos cerca de cem mil servidores que entraram em recesso, de 2 a 12 de janeiro, na verdade, 68 mil já estavam com as férias programadas para janeiro, segundo informações do próprio Palácio Iguaçu. A maioria é formada por professores e funcionários da Educação (a rede de ensino público tem 72 mil servidores). A categoria tradicionalmente tira férias neste período.
Trinta e dois mil funcionários da ativa continuam trabalhando porque fazem parte dos setores do governo que, pelo decreto do governador Jaime Lerner (PFL), não puderam aderir às férias coletivas. Outros 32 mil tiveram que antecipar 11 dias de férias.
Pelo decreto, trabalham normalmente a Saúde, o policiamento, Detran, Sistema Penitenciário, Defesa Civil, Procon, Palácio Iguaçu, IPE e Ouvidoria Geral do Estado e Secretaria de Segurança Pública. Todos os secretários estão despachando normalmente, mas os funcionários das demais pastas estão de férias.
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Na Secretaria de Educação, dos 578 funcionários, 80 estão trabalhando meio-período. Os funcionários se revezam das 8 horas ao meio-dia ou das 13 horas às 18 horas. São funcionários que fazem parte dos recursos humanos, comunicação social, gabinete, grupo financeiro, Departamento de Gestão e Infra-Estrutura, Educação de Jovens e Adultos e Departamento Jurídico. A Biblioteca Pública, não faz parte do decreto e está trabalhando normalmente.
Os funcionários da Comec, Transportes, Fazenda, Administração, Justiça, Desenvolvimento Urbano, Agricultura, Planejamento, Ciência e Tecnologia, Cultura, Meio Ambiente, Obras Públicas estão de férias coletivas.
O secretário da Administração, Ricardo Smijtink, diz que pouco da rotina foi alterada. De acordo com ele, o governo apenas oficializou um costume informal, aproveitando um período mais "tranqüilo" para reduzir gastos com luz, água, telefone e combustível. O trabalho reduzido, por conta das férias coletivas, não está, segundo o secretário, causando transtornos. "A demanda é muito menor neste período".