Fila, confusão e lentidão no atendimento marcaram o primeiro de trabalho no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) depois da paralisação nacional de 72 horas dos servidores do órgão. Para serem atendidas, pela manhã, no INSS da Rua João Negrão com XV de Novembro, em Curitiba, as pessoas tinham que esperar, em média, uma hora e meia. Segundo funcionários, o número de atendimentos era 15% maior que em dias comuns.
A funcionária pública Neide Padovani, de 67 anos, disse que a paralisação dos servidores atrasou a entrega do requerimento dela referente ao tempo contribuição ao INSS. "Com isso, vai demorar ainda mais para sair a minha aposentadoria. Vim aqui quarta e quinta-feira e não fui atendida. Cheguei antes das 8 horas e já tinha mais de 30 pessoas na fila", contou.
A supervisora de benefícios do instituto, Maria de Castro informou que são atendidas cerca de 200 pessoas por dia no órgão em que trabalha. "Hoje passarão por aqui mais de 300", avaliou. Disse que a adesão à greve foi de 90% dos funcionários do Estado. Cerca de 7,5 mil pessoas deixaram de ser atendidas - 5,4 mil só em Curitiba - durante os três dias de paralisação. O movimento atingiu oito dos 40 postos do INSS no Paraná.
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O secretário de organização do Sindicato dos Servidores da Previdência e Saúde (Sindiprevs), Hélio de Jesus, está em Brasília, onde acontecerão plenárias nacionais para avaliar os desdobramentos da paralisação e definir como os servidores se comportarão este final de semana. "Não está descartada a possibilidade de paralisação total dos servidores públicos federais a partir do segundo semestre", afirmou. Tudo depende, completou, de como o governo vai acenar diante das reivindicações na segunda-feira, durante a audiência com o Ministério da Previdência.
Além da manutenção da gratificação, os trabalhadores pedem reajuste salarial, o que não ocorre há sete anos - a defasagem é calculada em 75,43%. Eles também pedem a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que elevaria os salários em 47,11%.