O Departamento de Patrimônio da União (DPU) vai licitar a partir do dia 30 o armazém do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC) localizado em Rolândia (25 km a oeste de Londrina). O prédio com 12 mil metros quadrados era ocupado pela Cooperativa Agropecuária Rolândia Ltda. e tem sido depredado desde o final de agosto, quando a cooperativa deixou de funcionar no local.
Avaliado em R$ 1,5 milhão, o armazém foi licitado anteriormente, mas nenhuma empresa se interessou. "Como ele estava ocupado não houve nenhuma procura. Esperamos agora resolver esse problema", afirmou Elizabeth Fátima da Silva, gerente regional do Patrimônio da União. No Paraná são 63 imóveis sob supervisão do DPU que pertenciam ao IBC, extinto em 1990 durante o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Sobre a atual situação do imóvel, cuja estrutura está sendo destruída pela ação de vândalos, Elizabeth afirmou que existe uma parceria com as polícias Militar e Civil para que ajudem na segurança do local. "Não temos condições de contratar nenhum tipo de serviço pois precisaríamos abrir concorrência e seguir um processo burocrático exigido por lei", disse a gerente.
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O DPU se defendeu das acusações de omissão junto às depredações afirmando que nos dias 18 e 23 de outubro chegou a registrar queixas nas polícias Civil e Federal. "Quando soubemos dos problemas ocorridos no armazém de Rolândia solicitamos junto à Polícia Federal da região a abertura de inquérito para que fossem apuradas as responsabilidades", disse Elizabeth.
Segundo ela, a maioria dos armazéns do interior está sob o cuidado de alguma empresa ou prefeituras. "Desde que sejam utilizados para objetivos sociais os armazéns são cedidos para o poder público que geralmente o usa para a área de educação."
Apesar de não ser regra, o governo federal estimula a venda desses imóveis. Em Nova Fátima um armazém foi negociado por R$ 1 milhão e nas cidades de Bandeirantes, Bela Vista do Paraíso e Moreira Sales estão sendo finalizados os processos de regularização da cessão desses espaços para as prefeituras. "Desde que não sejam atividades onerosas ou lucrativas os armazéns podem ser utilizados gratuitamente, caso contrário são cobradas taxas dos usuários", disse Elizabeth.