Da Agência Estadual de Notícias - O Paraná vai acabar com os lixões a céu aberto até o final do governo Roberto Requião, em 2006. O anúncio foi feito pelo secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, ao apresentar o programa de governo para a sua área, na reunião do secretariado desta segunda-feira (13).
A Secretaria vai fechar, numa primeira fase, os lixões de 149 municípios, já a partir do ano que vem, com a construção de 132 aterros sanitários, num investimento global de R$ 12,7 milhões. Numa segunda etapa, serão beneficiados outros 56 municípios.
Segundo Cheida, esses lixões são fontes de contaminação, poluição e doenças, e a solução para as oito mil toneladas de lixo produzidas diariamente no Estado está na ampliação da vida útil dos atuais aterros e implantação de novos, que podem ser utilizados através de um sistema de consórcio entre os municípios.
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Além disso, a Secretaria quer reduzir em 30% a produção de lixo no Estado, por meio da reciclagem e educação ambiental, envolvendo inclusive as indústrias.
O fim dos lixões está inserido na política de recuperação ambiental da Secretaria, que prevê ainda a implantação do programa estadual de matas ciliares, a implantação do Parque Estadual das Araucárias, a compra de dois aviões para utilização da Força Verde, que cria a Polícia Ambiental, com um reforço de 200 policiais florestais atuando nas unidades de conservação do Estado, o programa Paraná Biodiversidade e o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado, lançado pelo governador Roberto Requião na semana passada.
Cheida destacou, em sua apresentação, que a política ambiental não está restrita apenas à sua secretaria, mas envolve, nas ações previstas, diversas áreas do governo. Um exemplo, segundo ele, é o programa "Merenda Orgânica", que será realizado em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação, já no início de 2004. "Vamos reduzir o uso de agrotóxicos e estimular a agricultura familiar na produção de alimentos para a merenda de 1,3 milhão de crianças da rede pública de ensino", anunciou.