A comissão de mediação conjunta, formada pelos governos estadual e federal, conseguiu nesta quinta-feira negociar com os líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST) no Paraná o remanejamento pacífico das 1,5 mil famílias que invadiram no sábado passado, dia 12, a região do silo da Empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, para outra área da fazenda.
A medida deverá garantir o funcionamento normal da empresa, que corria o risco de paralisar seus serviços em virtude de não estar tendo acesso à área de reflorestamento da fazenda por causa do acampamento do MST.
A negociação com os líderes do MST foi iniciada pela ouvidora-adjunta da Ouvidoria Agrária Nacional, Maria de Oliveira, que chegou na quarta-feira à região com o assessor da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Nilton Bezerra.
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Na manhã desta quinta-feira, Maria de Oliveira deu seqüência às negociações que avançaram para o acordo de transferir as famílias para outra área da fazenda. "O governo do Paraná vai trabalhar em conjunto com o governo federal para promover a reforma agrária no Estado", garantiu a ouvidora-adjunta.
À tarde, o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, e o diretor-geral da Secretaria da Segurança Pública, Marco Antônio Berberi, juntaram-se à ouvidora-adjunta para uma reunião com a diretoria da Araupel. "Temos de avançar na segurança absoluta para que a empresa volte a funcionar", afirmou Botto de Lacerda.