O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig, concordou em liberar o restante do pagamento dos funcionários e professores das universidades estaduais em greve como forma de demonstrar a disposição do governo em negociar. Por conta do movimento, os servidores receberam apenas o salário correspondente a 16 dias de setembro. Os salários deverão ser pagos no início da próxima semana.
A decisão foi anunciada durante reunião em Curitiba com uma comissão constituída pelo prefeito de Londrina, Nedson Micheleti (PT), representantes do legislativo do município, pelo arcebispo Dom Albano Cavallin e pelo presidente do Sindicato dos Professores de Londrina, César Antônio Caggiano Santos.
"Todos nós queremos superar esse impasse", afirmou o secretário ao justificar sua decisão. No entanto, o pagamento de outubro, informou Wahrhaftig, só será liberado depois que os grevistas voltarem ao trabalho. Segundo ele, ficou acertado, ainda, que uma comissão da Secretaria de Ciência e Tecnologia fará uma avaliação in loco das condições dos campi das universidades estaduais.
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A intenção da secretaria é, a partir desse levantamento, elaborar uma proposta para a categoria, envolvendo a questão orçamentária das universidades para o próximo ano e a regularização dos cargos comissionados. Wahraftig disse que pode haver nesse estudo proposta de reajuste salarial, que deve contemplar, especialmente, os técnico-adminstrativos. Ele entende que "os professores já tiveram outros benefícios". O secretário manteve, no entanto, o discurso de que o governo não quer se comprometer com índices por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e por impedimentos financeiros.
Caggiano avaliou que, comparado a outras reuniões, o encontro de ontem representou um avanço no impasse entre o governo e os servidores das universidades que, hoje, completa 40 dias de paralisação. "O que ainda não existe é uma proposta concreta", ponderou. O sindicalista não garantiu que a disposição do governo em negociar seja suficiente para interromper o movimento.
Assembléia - Servidores e professores da UEL fazem nesta sexta-feira, às 9 horas, uma assembléia unificada no Cine Ouro Verde, em Londrina. Eles vão avaliar os resultados da reunião entre uma comissão de lideranças da cidade e o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Na segunda-feira, os professores voltam a se reunir para discutir os rumos do movimento de greve.