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Governo implanta vigilância para hantavirose

Redação - Folha do Paraná
29 nov 2000 às 10:35

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O Governo do Paraná está implantando a vigilância epidemiológica para hantavirose em todas a regiões do Estado. Representantes das 22 Regionais da Secretaria Estadual da Saúde participaram nesta terça-feira (28), em Curitiba, de uma reunião sobre a hantavirose, doença transmitida pela urina e fezes de ratos silvestres que pode provocar a morte.

Como a hantavirose é uma doença emergente, precisamos de profissionais treinados e atentos em todas as regiões", afirmou o diretor do Centro de Saúde Ambiental, da Secretaria de Saúde, Isaias Cantoia Luiz.

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Durante a reunião foram discutidos os casos no Paraná, forma de contaminação, sintomas e a importância do treinamento dos profissionais para o diagnóstico e o tratamento precoce.

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Os técnicos receberam ainda material explicativo e referências bibliográficas sobre o assunto. "Esse encontro faz parte da estratégia de enfrentamento da doença no Paraná", diz Cantoia.

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Outra medida adotada pela Secretaria é uma campanha de esclarecimento que já está sendo veiculada nas rádios da região centro-sul do Estado. "Como as pessoas da zona rural são as que estão mais expostas à doença, acreditamos que o rádio seja um bom veículo para divulgar as informações".


De acordo com a diretora da 6ª Regional de Saúde de União da Vitória, Margarete Olivo, o esclarecimento traz bons resultados no combate à hantavirose. "Desde que as primeiras ocorrências da doença foram registradas na região começamos a fazer reuniões e orientar as mudanças nos acampamentos onde ficam os trabalhadores rurais que atuam no corte de madeira e estamos há três semanas sem novos casos suspeitos".

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A hantavirose é uma doença com letalidade em torno de 60% no Brasil mas na região Sul esse índice cai para 44% e no Hospital Regional de União da Vitória, onde foi feito o primeiro diagnóstico de hantavirose no Paraná ele é menor ainda, 33%.


O médico Pedro José Müller, que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional explica que isso é possível porque as pessoas estão chegando para o atendimento na fase inicial da doença. "Na nossa região os profissionais de saúde estão fazendo uma boa triagem dos pacientes e isso está salvando vidas".

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Números
hantavirose, sendo 5 na zona rural da região de General Carneiro e 2 na região de Campina Grande do Sul, perto de Curitiba.


Do total, duas pessoas morreram. Também estão sendo investigados outros 7 casos suspeitos, 5 na região de Guarapuava, entre eles uma criança de 11 anos, 1 na região de Bituruna e outro na região de Paulo Frontin.

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A hantavirose é uma doença emergente causada por um vírus que existe na urina, fezes e saliva de ratos silvestres. A transmissão se dá pelo contato com fezes e urina desses ratos, especialmente em locais fechados. O vírus se espalha no ar, entrando no corpo pela respiração. A doença também pode ser transmitida pela mordida do rato.


A médica Gizele Fernandes Furtado, que também trabalha na UTI do Hospital Regional de União da Vitória, afirma que os sintomas da doença são facilmente confundidos com os de uma gripe.

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Ela diz ainda que quando uma pessoa saudável, que mora principalmente na zona rural, começa a apresentar dores de cabeça e no corpo, febre, fraqueza, com evolução para falta de ar é preciso procurar imediatamente o serviço de saúde. A pessoa também pode conseguir informações através do telefone do CIT - Centro de Informações Toxicológicas, o número é 0800-410148. A ligação é de graça.


Estudo epidemiológico

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Para confirmar a circulação do vírus entre os trabalhadores da zona rural de General Carneiro, onde aconteceram os primeiros casos da doença neste ano, a Secretaria Estadual de Saúde está realizando estudo epidemiológico.


Para isso foram colhidas 142 amostras de sangue de trabalhadores de dois acampamentos, e enviadas para o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo para realização do teste IGG.

O resultado foi positivo para 25 trabalhadores, o que significa que eles apenas tiveram contato com o vírus. É importante esclarecer que esses 25 trabalhadores não estão com hantavirose, mas que em algum momento da vida deles tiveram contato com o vírus, sem que isso implicasse na manifestação da doença", afirma Gisélia Rúbio.
No Paraná, até a 48ª semana epidemiológica (27/11/2000) foram confirmados 7 casos de


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