O governador Jaime Lerner afirmou nesta segunda-feira que uma das alternativas para se evitar novas ressacas no litoral paranaense seria a de "engordar" a praia. O sistema consistiria em retirar areia do fundo do mar e transferi-la para a praia.
Lerner visitou os locais mais atingidos pela ressaca do último domingo, em Matinhos, e definiu pelo menos três prioridades para amenizar os danos da área. Relocar os moradores que tiveram suas casas destruídas, levantar o impacto ambiental do local e buscar soluções definitivas para que novas ressacas não voltem a castigar a região.
Lerner não definiu, no entanto, a verba que será destinada para que esses planos sejam colocados em prática nem em quanto tempo o problema será solucionado.
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De acordo com o governador, será feito uma parceria com as secretarias para avaliar os danos e estimar o investimento necessário. "Até a próxima temporada, o problema deve estar resolvido", adiantou Lerner.
O governo quer desenvolver no local um programa de engordamento da praia, ou seja, tirar a areia de dentro do mar e levar para a praia com o objetivo de conter o avanço da água.
O secretário do Meio Ambiente José Antônio Andreguetto lembrou que qualquer ação só deve ser iniciada após a conclusão do relatório do impacto ambiental da praia atingida. Segundo Andreguetto uma área de três quilômetros foi completamente destruída e por menos de R$ 8 milhões, a recuperação ficaria inviável.
Lerner não informou se essa quantia é viável para os cofres públicos e disse que não se trata de "dinheiro", mas sim de soluções definitivas para o local. Para Lerner, mesmo com medidas preventivas seria impossível estimar o estrago que o fenômeno causaria. Ele lembrou que ressacas também atingiram os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. "Não temos que buscar culpados e sim solucionar o problema".
O governador se reúne novamente hoje com o prefeito de Matinhos, Acindino Ricardo Duarte (PMDB ), para definir os valores necessários para relocar as famílias que perderam suas casas. Segundo o ouvidor municipal de Matinhos Celso Fernades da Silva, serão necessários pelo menos R$ 1 milhão para relocar os moradores.
Leia mais sobre este assunto na edição de terça-feira da Folha do Paraná/Folha de Londrina