O Governo do Estado vai encaminhar à Assembléia Legislativa, até o fim do mês de agosto, o Plano de Carreira, Cargos e Salários dos professores. Essa decisão foi anunciada aos representantes da APP-Sindicato, durante reunião, na tarde desta terça-feira.
No fim da tarde, o Governo do Estado emitiu nota oficial aos professores, onde enumera os benefícios já concedidos à categoria, nestes seis primeiros meses de Governo e reafirma a disposição de corrigir a defasagem salarial.
A comissão da APP foi recebida pelos secretários para discutir ainda a reivindicação de reajuste salarial dos professores da rede estadual de ensino.
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No encontro, ficou decidido que a mesma comissão deve se reunir no dia 1º de julho, às 9 horas, na Casa Civil, para avaliar os dados levantados sobre o assunto pelo Governo e ver as possibilidades de atender as reivindicações salariais da categoria.
O chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, disse que durante este prazo serão feitas análises detalhadas tendo como base a atual situação financeira do Estado para que se possa avançar nas negociações. Ficou decidido ainda que os representantes da APP poderão acompanhar esses estudos.
"Mas isso não implica que neste dia apresentaremos uma data ou índice de reajuste. O importante é que neste encontro as secretarias estruturais do Governo (Planejamento, Fazenda e Administração) ficaram sabendo das necessidades da categoria e podem assim fazer estudos mais elaborados", disse.
Os representantes dos professores não gostaram da decisão. ''É claro que não ficamos contentes. Esperávamos uma resposta imediata quanto ao aumento dos salários'', afirmou o presidente do APP-Sindicato, José Lemos. ''A negociação com o governo está caminhando em todos os pontos da pauta, exceto na questão salarial.''
Durante a reunião, o secretário da Fazenda, Heron Arzua, apresentou um balanço da atual situação financeira do Estado. "O orçamento está comprometido e não é possível estabelecer um prazo agora para esta reposição salarial. Existe uma possibilidade, mas que só poderá ser colocada à categoria depois de um estudo criterioso", disse.
A reunião foi precedida por uma passeata com aproximadamente 2,5 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar (PM). Os professores e funcionários de escolas estaduais de todo o Estado pararam suas atividades para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria.
A APP calcula que a manifestação atingiu as 2,2 mil escolas estaduais do Paraná. ''Nossa estimativa é de que 80% da categoria parou hoje '', disse Lemos. A Secretaria da Educação apontou que 1,1 milhão de alunos ficaram sem aulas.