A greve dos servidores públicos federais no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba teve momentos de tensão pela manhã. Revolta, tumulto e bate-boca entre a direção do hospital e sindicalistas foram consequência da redução de 70% no atendimento de pacientes que precisavam realizar exames de sangue no laboratório do hospital.
Apenas 120 das 400 pessoas que são atendidas diariamente no laboratório puderam realizar os exames. Dois dos oito funcionários que trabalham no setor aderiram à greve.
A aposentada Julia Lorentz só conseguiu ser atendida depois da intervenção do diretor geral do hospital, Luiz Carlos Sobânia. "Fiz uma cirurgia no intestino. Tenho consulta marcada e preciso levar o exame para o médico", contou.
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O funcionário público Benedito Oscar Filho que é hipertenso quase desmaiou quando soube que sua mulher não poderia ser atendida. "O presidente do Sinditest (Antonio Neris) só deixava entrar na sala de exames grupos de dez pessoas. Quem não tinha senha não pôde entrar. Ele disse que se nós entrássemos no laboratório iríamos mofar pois não seríamos atendidos", contou.
O diretor geral Luiz Carlos Sobânia tentou, sem sucesso, interferir para que o atendimento laboratorial fosse mantido. Quase trocou agressões físicas com Neris. A Polícia Federal e a segurança do hospital foram acionadas para conter os ânimos. "O sindicato está cometendo um crime contra estas pessoas não deixando que sejam realizadas as coletas de sangue", disse o diretor Sobânia.
Para Antônio Neris, presidente do Sinditest, os grevistas estão obedecendo a ordem judicial. "Estamos lidando com vidas. Mantemos o atendimento de 30%", conforme decisão judicial", afirmou. Segundo ele, 50% dos 2050 funcionários do HC aderiram à greve. "Estamos reivindicando a reposição salarial de 75% que foi o que perdemos nos últimos sete anos, período em que não houve aumento".