Uma greve de professores impediu nesta segunda-feira o início das aulas de cerca de 1,4 mil alunos em Inácio Martins (54 quilômetros ao sul de Guarapuava). Eles exigem a saída da secretária municipal de Educação, Marlene Zarpellon Kruk, acusada de abuso de poder no seu mês e meio como titular da pasta.
Uma das líderes do protesto, Tatiana Maia, disse que a secretária ameaçou professores que propuseram uma fiscalização rigorosa no uso do Fundef, o fundo federal de amparo ao ensino fundamental. Segundo Tatiana, Marlene insinuou que iria substituir os integrantes do conselho do Fundef que não acatassem suas ordens.
Os professores reclamam ainda que muitos colegas foram transferidos sem serem consultados, além de terem dificuldades para dialogar com Marlene. A secretária teria determinado que só receberia funcionários com hora marcada. "Muita gente já ficou esperando o dia todo e não foi atendida. Não tem conversa com essa secretária", afirmou Tatiana.
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De acordo com o comando de greve, os 90 professores municipais vão permanecer de braços cruzados até que o prefeito Jacir Cardoso (PPS) decida o futuro de Marlene. Com faixas denunciando os supostos abusos, os grevistas ocuparam a sede da secretaria para pressionar o prefeito. Marlene não foi localizada para falar sobre as acusações.
No meio da tarde, vereadores se reuniram com o prefeito para negociar o fim do impasse. Um assessor de Cardoso declarou que a secretária não deverá ser demitida, já que a nomeação é uma prerrogativa do prefeito.