Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Paraná conseguiram fechar mais uma agência, no segundo dia de paralisação nacional. O movimento, que termina nesta quinta-feira, interrompeu as atividades da unidade de Foz do Iguaçu, além do atendimento em Curitiba e Londrina. A previsão da categoria é que até o fim da tarde de sexta cerca de 6 mil pessoas deixem de se atendidas.
Segundo a superintendência regional do órgão, nas cidades paralisadas foram atendidos apenas os segurados que iam passar por perícia médica ou mulheres grávidas. Os demais devem voltar outro dia às agências ou acessar à internet (www.previdenciasocial.gov.br).
Mesmo sendo o segundo dia de paralisação, ainda tinham diversas pessoas que foram pegas de supresas com o movimento. Às 6 horas, filas havia se formado nas principais agências de Curitiba. Pessoas como o desempregado Juarez de Oliveira perderam a viagem. "Faltava um carimbo do INSS para dar baixa no meu seguro desemprego", disse. Agora, ele afirmou que vai perder outro dia, que poderia ser usado para conseguir um trabalho.
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"Eu perdi meu dia", reclamou uma aposentada de Maringá, que preferiu não se identificar. A mulher de 82 anos disse que veio para Curitiba para resolver um problema na sua aposentadoria e também na pensão. "Não tenho fôlego para ficar nesse vai-e-vem", queixou-se.
Segundo o secretário de Organização do Sindiprev, Hélio de Jesus, existe a possibilidade de reposição dos dias parados. Mas antes é preciso que se abra o diálogo entre a categoria o governo federal. Uma reunião nesse sentido aconteceu em Brasília. Agora, as comissões estaduais devem se reunir para deliberar se vão marcar uma nova paralisação.
Os trabalhadores cruzaram os braços porque estão sem reajuste de salário há sete anos, com uma defasagem calculada em 75,43%. Além disso, eles pedem a implantaçãodo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que elevaria os salários em 47,11%.
Outra reivindicação é a quanto a Gratificação de Atividade Executadas (Gae). A direção nacional do INSS quer suspender o benefício e implantar outro sistema. Se essa praticar efetivar, o Sindiprev calcula que o salário de um atendente, cairia de R$ 900,00 para R$ 420,00.