A meta do Paraná é eliminar a hanseníase até 2005. O assunto foi discutido durante o Treinamento sobre Hanseníase promovido pela 2ª Regional de Saúde Metropolitana de Curitiba (2ª RSM). As informações são da Secretaria Estadual de Comunicação.
"Estamos todos empenhados em fazer o Paraná cumprir essa meta", diz a sanitarista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Elisabeth Sense, uma das palestrantes do evento.
No treinamento, realizado na semana passada e que teve a participação de 140 profissionais de saúde, foram discutidos os casos de hanseníase, prevenção, tratamento, além de dados sobre o número de pessoas infectadas pela doença.
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A extinção da enfermidade no Estado segue os parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), com ações que incluem programas de educação nas comunidades, acompanhamento dos enfermos e de seus familiares e uma "blitz" que atingirá todo os municípios das 22 Regionais de Saúde, alertando sobre os sintomas e males que a doença provoca.
A região Sul é a que menos tem casos registrados no Brasil, somando 3.939, enquanto o Nordeste é a mais afetada pela enfermidade, com 28.132 ocorrências. O Paraná tem 2.612 doentes. Na 2ª Regional, que atende 2 milhões de habitantes, o número de casos tem diminuído. Nas 22 cidades atendidas foram detectados 128 casos este ano.
As localidades com mais incidências são Curitiba, com 41 pacientes, Pinhais com sete, Piraquara registrou seis e Quatro Barras, com quatro entradas no Conselho Regional de Especialidades (CRE).
Nivera Stremel, chefe da Seção de Vigilância Epidemiológica da 2ª RSM diz que, para 2004, o objetivo é ampliar o programa de educação e atingir 100% do Estado. Além de detectar possíveis casos que ainda não foram descobertos, o objetivo é tornar a doença conhecida, evitando preconceitos. Uma das ações será investigar os municípios que não registraram nenhum caso de hanseníase. "Na 2ª Regional, Adrianópolis não registou nenhuma ocorrência, mas isso pode significar que os casos estão lá e não foram descobertos ainda".
A hanseníase é uma doença infecciosa e age afetando principalmente os nervos e a pele do infectado. A transmissão ocorre apenas por meio de contato com pacientes não tratados. O tratamento dura cerca de um ano e o paciente não precisa ficar internado, porém não pode deixar de se tratar.
Já na primeira dose do medicamento 90% dos bacilos são eliminados e a doença deixa de ser transmitida. Todos os municípios do Paraná têm acesso gratuito ao tratamento. A hanseníase tem cura, por isso é importante que o tratamento seja iniciado o mais breve possível.