O Hospital das Clínicas (HC) de Curitiba, vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), atendeu ontem normalmente, mesmo com a greve dos servidores técnico-administrativos da universidade. Após o Ministério Público Federal entrar anteontem com uma ação na Justiça Federal pedindo a punição dos faltosos, nenhum funcionário abandonou seu posto. Com isso, setores essenciais, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o Centro Cirúrgico, estavam atendendo sem restrições. Na sexta-feira, a greve paralisou o atendimento nesses setores.
Segundo a assessoria de imprensa do HC, todos os serviços do hospital estavam normais. Porém Deoclésio Fernandes, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de 3º Grau Público (Sindistest), disse que a presença dos faltosos não aconteceu por causa da ameaça do Ministério Público. Ele assegurou que os servidores em greve sempre mantiveram os serviços essenciais em funcionamento.
Ontem até o meio-dia, o pedido do Ministério Público Federal não tinha sido julgado pela juíza Flávia Xavier da Silva, da 11ª Vara Federal de Curitiba. No processo é solicitada a retomada das atividades dos serviços essenciais do hospital. Além disso, a procuradora dos Direitos do Cidadão, Antônia Lélia Krueger, também requereu que a direção do HC instaure sindicância contra os funcionários que se recusarem a voltar a trabalhar. Na mesma ação, foi solicitada que a Prefeitura de Curitiba (que é gestora municipal do serviço de saúde da Capital) encontre locais de atendimento, enquanto o serviço não retorne à normalidade.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
O hospital está em greve desde a última quarta-feira. Os servidores pedem reposição de 75,48% de perdas salariais dos últimos sete anos, a contratação de pessoal técnico-administrativo, autonomia com democracia na universidade, um plano único de carreira e salários, defesa dos hospitais universitários e fim das discussões sobre a contratação de funcionários no regime CLT.