Especialistas em transplantes de fígado apontam o xeno transplante como uma solução para reduzir a fila de espera nesse tipo de procedimento. Trata-se de uma técnica de transplante de um órgão animal para o ser humano, que provavelmente só estará disponível no final desta década. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, no 3º Congresso Brasileiro de Fígado, Pâncreas e Intestino Delgado, em Curitiba.
O presidente do evento e chefe do serviço de transplante do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Júlio Coelho, opina que o xeno transplante pode suprir a principal dificuldade enfrentada hoje pelos pacientes: a falta de órgãos. Segundo o médico, mesmo com o aumento de 308% no número de transplantes realizados no Brasil nos últimos seis anos, a fila de espera de pacientes que precisam passar por esse tipo de procedimento ainda é grande. Cerca de duas mil pessoas esperam por um transplante de fígado atualmente.
Segundo Coelho, são realizados aproximadamente 550 transplantes por ano. O Paraná é o terceiro estado brasileiro que mais realiza o procedimento, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio Grande do Sul. ''Mesmo com o aumento, a demanda ainda é grande'', diz o médico. Pacientes de enfermidades hepáticas graves, sem prossibilidade de cura, integram a Lista Única das Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, de acordo com determinação do Ministério da Saúde.
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Leia mais em reportagem de Katia Michelle, na Folha de Londrina deste sábado