Um adolescente homossexual de 16 anos acusou dois policiais militares de Curitiba de espancá-lo na noite da última segunda-feira, depois de uma abordagem, supostamente, equivocada. Ele teria sido confundido com um assaltante.
Depois de constatar que não se tratava de um marginal, os PMs teriam iniciado as agressões físicas, possivelmente motivados pelo preconceito à orientação sexual do garoto, que tinha nos bolsos convites de uma boate gay.
Anderson (nome fictício) contou que estava dentro de um banco 24 horas, na Rua XV de Novembro, no centro da cidade, esperando por uma amiga. Enquanto aguardava, sentado no chão, acabou cochilando, quando foi acordado pelos dois policiais que o puxaram para fora da agência, o algemaram e o levaram até o módulo policial da Praça Osório.
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Os dois teriam dito a um terceiro policial, que estava dentro do módulo, que se tratava de um criminoso que dois dias antes, vinha praticando assaltos na Rua XV, armado de uma faca.
Os policiais pediram seus documentos e passaram a revistá-lo, encontrando apenas os convites. O achado teria motivado as agressões verbais e depois físicas. Segundo o adolescente, os policiais passaram a chamá-lo de ''veado'', tamparam seu nariz e boca com as mãos, e começaram a bater com o cassetete em sua barriga. Anderson disse que acabou caindo e recebeu vários pontapés na cabeça.
O adolescente conta que chegou a negar que era homossexual para se livrar do espancamento, mas não adiantou. A tortura, segundo ele, durou cerca de 20 minutos.
Anderson procurou o Grupo Dignidade, entidade curitibana que promove e defende os direitos humanos de gays, lésbicas e transgêneros, na última quarta-feira. Os representantes do grupo o levaram ao 1º Distrito Policial para registrar a ocorrência e encaminhou o caso ao Conselho Tutelar.
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