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Hospital Evangélico pode entrar em greve na segunda-feira

Andréa Lombardo - Folha do Paraná
16 out 2001 às 17:56

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Os funcionários do Hospital Universitário Evangélico, de Curitiba, decidiram, em assembléia, iniciar na próxima segunda-feira uma greve por tempo indeterminado. O reajuste salarial de 24% - principal reivindicação da categoria - não foi aceito pela direção do hospital. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Curitiba e Região Metropolitana, o índice representaria a reposição das perdas acumuladas nos últimos dois anos.

O Evangélico - instituição particular vinculada à Universidade Evangélica de Medicina e à Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba - é um dos maiores hospitais da Capital e atende em média 1,5 mil pacientes por dia entre ambulatório, internamentos e pronto socorro. A expectativa do sindicato, segundo a diretora de imprensa do sindicato Roseli Struzike, é de que, pelo menos metade dos 1,6 mil funcionários, desde o setor de higiene até enfermagem, cruzem os braços a partir da próxima semana.

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Caso a adesão seja maior, o comando de greve, informou Roseli, criará uma comissão de ética para garantir o atendimento nos locais mais críticos como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e no pronto socorro.

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Além do reajuste, os funcionários reivindicam o cumprimento de itens da convenção coletiva, como jornada de trabalho e pagamento de horas extras, além de facilitar o acesso dos trabalhadores aos serviços de saúde.

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O gerente de Recursos Humanos do Hospital Evangélico, Luiz Alberto Buba, disse que todos os itens da pauta de reivindicação, com exceção do reajuste, foram atendidos pela direção do hospital. Ele nega que os funcionários estejam com os salários defasados, pois o hospital teria cumprido todos reajustes salariais e conquistas econômicas das convenções coletivas aprovadas na data-base da categoria (no mês de maio).


O gerente afirmou que não há a menor possibilidade de se conceder reajuste. Ele alega que o Evangélico, como a maioria dos hospitais, enfrenta dificuldades financeiras. "Cerca de 90% do atendimento no hospital é feito pelo SUS e os valores dos serviços não vêm sendo reajustados", declarou. O salário médio dos funcionários do Evangélico, segundo ele, é de R$ 450,00 a R$ 500,00.

Até o final da tarde de ontem, a direção do hospital não havia sido oficialmente comunicada da decisão tomada na assembléia de iniciar uma paralisação.


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