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Médica presa

Hospital vai apurar mortes de pacientes no Paraná

Agência Estado
19 fev 2013 às 21:30

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A médica Virgínia Soares de Souza, que trabalha na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, foi presa na manhã de terça-feira durante uma operação do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) na entidade. Ela é suspeita, segundo fontes ligadas à polícia, de ter praticado eutanásia (indução à morte de pacientes com consentimento, mas que é crime no Brasil) e estava sendo investigada havia um ano com outro grupo de profissionais. Logo após seu depoimento, foi levada para o centro de triagem na capital paranaense. Cerca de 20 pessoas que atuam ou trabalharam na UTI também estão sendo ouvidas pela Nucrisa.

A delegada da Nucrisa, Paula Brisola, iria conversar com jornalistas no final da tarde desta terça, mas depois de 30 minutos do horário previsto, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública informou que somente o secretário Cid Vasquez falaria nesta quarta-feira (20).

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Antes do cancelamento da entrevista, porém, a delegada disse à BandNews, no início da tarde, que não poderia dar detalhes da operação, pois era sigilosa. "Uma palavra mal interpretada pode provocar algum transtorno. É um processo que está em andamento e não há como passar algo", disse. Já o advogado de defesa de Virgínia, Elias Mattar Assad, falou que sua cliente trabalha desde 1988 no hospital e não há sentido em sua prisão. "Não há nada que desabone o trabalho dela, pode ter ocorrido um erro de interpretação em alguns termos por meio de pessoas não familiarizadas com a linguagem de uma UTI", disse.

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A Secretaria de Estado da Saúde também entrou na discussão e, segundo o secretário estadual Michele Caputo Neto, "o Estado terá participação na comissão de sindicância que vai investigar as mortes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba", informou por meio da assessoria. Em nota oficial, o Hospital Evangélico informou que iria abrir uma sindicância interna e também que, por se tratar de um processo que corria sob segredo de Justiça, não teria "conhecimento adequado dos fatos para emitir qualquer juízo", diz a nota.

Sobre Virgínia, o Hospital ressaltou que reconhecia a "competência profissional, e até o momento desconhece qualquer ato técnico da mesma que tenha ferido a ética médica", concluiu. Além da prisão da médica, a polícia também levou 18 prontuários de pacientes que estiveram na UTI nos últimos meses, e se colocou à disposição de pessoas que perderam familiares na UTI do hospital e queiram prestar algum tipo de queixa.


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