A partir de 2007, pratos como a dobradinha e o cassoulet (um tipo de feijoada branca) passarão a contar com feijões brancos produzidos no Brasil. Depois de uma década de pesquisa, o Iapar conseguiu desenvolver o IPR Garça, primeira cultivar de feijão branco adaptável ao clima e solo nacionais.
Atualmente toda a produção nacional de feijões, que alcança três milhões de toneladas anuais, resume-se às variedades carioca e preto. O feijão branco, utilizado em sopas, saladas e pratos tradicionais como a dobradinha, é importado da Argentina e da China, segundo a pesquisadora da área de Melhoramento e Genética do Iapar, Vânia Moda Cirino.
A grande vantagem da variedade branca sobre os outros tipos de feijão está no preço. Ainda que tenha uma produtividade cerca de 20% menor que o feijão preto e carioca, devido ao seu ciclo precoce, o quilo do grão branco costuma alcançar R$ 5,00, contra R$ 2,50 dos demais. Além disso, a preferência pela variedade branca em países como França, Espanha, Itália e no Leste Europeu também abre um caminho promissor para sua exportação.
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Em três décadas de pesquisas, o Iapar criou mais de 120 cultivares de plantas, contribuindo para fazer do Paraná o responsável por 25% dos grãos produzidos no Brasil